Museu já inventariou cinco mil peças

PUB.

Ter, 28/12/2010 - 09:16


O Museu da Casa Grande de Arqueologia, Etnografia e História de Freixo de Numão, em Vila Nova de Foz Côa, vai fazer 15 anos em 2011 e já tem mais de cinco mil peças inventariadas. A sua designação foi aumentada ao longo dos anos e à medida que a diversidade do material expositivo ia crescendo.  

Está instalado num solar do século XVIII e a sua génese está directamente relacionada com o início da investigação arqueológica por parte da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão.

“Este museu foi concebido nos anos 80 e no início era um museu de arqueologia, mas depressa nos apercebemos que a realidade aqui no interior era diferente pois muitas pessoas começaram a oferecer centenas de peças de valor etnográfico que tínhamos que preservar” explica o presidente, António Sá Coixão, adianta que “neste momento já há mais de cinco mil peças inventariadas e oferecidas pela população”.

 

Mal a população daquela vila e de outras povoações começaram a aperceber-se da importância de existir um projecto museológico daquela dimensão, António Sá Coixão e a sua equipa foram confrontados com a oferta de centenas de outros objectos de valor histórico.

“Começámos a receber ofertas oriundas de casas mais ricas que íam sendo sujeitas a renovação. Era, malas que continham documentação desde o séc. XVIII e assim temos um acervo histórico de milhares de documentos” afirma. “Daí nasce a variante do museu de arqueologia, etnografia e história” acrescenta, considerando que “o museu já cumpriu parte dos seus objectivos”.

 

Mas nem tudo são rosas. Possuir tanta peça de interesse histórico cria dificuldades de inventariação e, sobretudo, de restauro.

“A peça mais barata de restauro anda pelos 1250 euros e a mais cara é de 2500 euros num museu quase sem apoios”.

 

O Museu da Casa Grande de Arqueologia, Etnografia e História de Freixo de Numão pertence à Rede Nacional de Museus.

A procura já foi maior, tendo chegado a receber sete mil turistas por ano, mas nos últimos dois ou três anos tem baixado para cerca de metade.

Escrito por CIR