Ter, 22/07/2025 - 15:42
O idoso, de 86 anos, que morreu, em outubro, em Bragança, vítima de um enfarte, podia ter sobrevivido se tivesse sido socorrido a tempo. É esta a conclusão a que chegou a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, já que o INEM demorou cerca de 1h20 a prestar socorro.
O caso aconteceu durante uma greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar, sendo que a mulher da vítima terá tentado telefonar, ao longo de mais de uma hora, a pedir socorro.
Nas conclusões do inquérito, a que a Lusa teve acesso, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde concluiu que o utente, que morreu no dia 31 de outubro, tinha probabilidade de sobrevivência, ainda que reduzida e “sempre condicionada à realização de manobras de suporte básico de vida, quando iniciadas no imediato”.
Ainda assim, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde diz que “não é possível formular-se juízos de culpabilidade na conduta dos trabalhadores do Centro Operacional de Doentes Urgentes, atendendo ao volume de chamadas em espera, reencaminhadas pela Linha 112”.
O relatório foi agora encaminhado para o Conselho Diretivo do INEM, de forma a que este “avalie as alterações que considere necessárias ao funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica. Segui ainda para o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste e para a ministra da Saúde, bem como para o Ministério Público, a Procuradoria da República da Comarca de Bragança e p Departamento de Investigação e Ação Penal, com um inquérito judicial a correr sobre o caso.
Escrito por Brigantia