Seg, 11/03/2024 - 09:17
O PSD conseguiu eleger novamente dois deputados contra um do PS, contrariando as últimas eleições.
Hernâni Dias e Nuno Gonçalves foram assim eleitos deputados.
Ontem, na sede do PSD em Bragança, Hernâni Dias mostrou satisfeito com o resultado, que significa que as pessoas queriam uma mudança. “É sinónimo de que as pessoas reconheceram que o Partido Socialista não fez um bom trabalho e deram-nos uma responsabilidade maior agora de termos dois deputados na Assembleia da República a lutar pelos interesses do nosso distrito. Naquele acto solitário na câmara de voto, mas seguramente consciente, decidiram operar uma mudança”, vincou.
Já o PS foi a segunda força política mais votada, 29,64% dos votos, sendo que o ano passado conseguiu mais de 40%.
Assim, Isabel Ferreira, secretária de Estado, foi a única deputada eleita pelo distrito. Um resultado que considera expectável tendo em conta as preferências dos transmontanos. “Obviamente não é o resultado que eu gostaria, mas um resultado expectável tendo em conta as características do nosso distrito, tendo em conta que nas eleições legislativas há uma forte marca daquele que é o partido e as pessoas votam no partido. Obviamente que eu gostaria de ter mantido os dois deputados para o PS, não foi possível, estas eleições foram disputadas num grande contexto de adversidade”, disse.
O Chega conseguiu 18,19%. Os votos mais que duplicaram em relação às últimas eleições legislativas, mas não foram suficientes para eleger José Pires como deputado. Ainda assim, não considera que tenha morrido na praia. “Uma grande votação no Chega, mais do que duplicámos a votação e isso é importante, significa que a nossa mensagem passou, que as pessoas acreditam no nosso projecto e, por isso, aderiram. Ficámos perto da eleições, pouco mais de 1500 votos, mas o povo é soberano e nós temos que aceitar os resultados”, frisou.
No distrito votaram 54% dos eleitores inscritos, uma maior afluência na ida às urnas.
Em Bragança isso mesmo se verificou, adiantou Telmo Afonso, presidente da União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, a maior do distrito. “Temos uma média de 56% de pessoas que votaram, mais 8% do que em 2022. Presenciámos que houve muito jovem que veio votar e exerceu o seu direito de voto”, avançou.
Quer isto dizer, que o distrito volta a eleger dois deputados laranjas, contra um rosa. Nas últimas eleições legislativas, pela primeira vez o PS venceu ao PSD e elegeu dois deputados, no entanto, não conseguiu manter o resultado e o distrito volta a eleger dois deputados do PSD contra um do PS.
Já o Chega, por cerca de mil e quinhentos votos, não conseguiu eleger deputado, embora tenha duplicado o número de votos a favor.
A surpresa está na ADN, Alternativa Democrática Nacional, que foi a quarta força política mais votada no distrito, porque terá havido confusão com a AD, Aliança Democrática.
Escrito por Brigantia