Ter, 21/05/2024 - 09:00
Esta alteração foi levada a cabo pelo anterior governo socialista e concretizou-se, oficialmente, no início deste ano, após terem sido aprovados os novos estatutos e assinados os contratos-programa com o governo, em Dezembro.
Agora, o Ministro da Agricultura disse, em Valpaços, na sexta-feira, à noite, na sessão de encerramento do 7º congresso nacional do azeite, que “está no Programa do Governo a reavaliação da situação da integração das direções regionais de agricultura nas CCDR’s, mas é evidente que há aqui situações que acontecem onde as DRA se não cumprirem, o responsável sou eu, mas no fundo também não tenho nenhuma autoridade sobre o seu funcionamento, pelo que vamos avaliar para depois tomarmos a melhor decisão”, afirmou José Manuel Fernandes.
As anteriores competências das DRAP, que não são tuteladas pelo Ministério da Agricultura, estão agora dispersas por sete departamentos diferentes. No caso da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, cuja sede está em Mirandela, foi integrada na CCDR-Norte e os colaboradores demonstram estar preocupados com a incerteza sobre o seu futuro.
Para o presidente da câmara de Valpaços não há dúvidas que “as direções regionais de agricultura ficaram descredibilizadas ao passar para a CCDR”, lamentou António Medeiros.
Já quanto ao Ministério da Agricultura, o novo titular da pasta entende que foi alvo de um desmantelamento sem precedentes. “Andaram a tentar parti-lo, desmantelá-lo, e agora vamos ver se conseguimos juntar os cacos. Ficamos com os fundos da politica agrícola comum e queremos ter uma forma, aconteça o que acontecer, de termos um Ministério que funcione de forma eficiente e que funcione bem”, disse.
Por agora, fica apenas o compromisso de o novo Governo reavaliar a extinção das direções regionais de agricultura e a sua fusão nas CCDR.
Escrito por Terra Quente (CIR)