Qui, 22/05/2025 - 11:43
Arrancou, ontem, mais uma edição do Festival Literário de Bragança. Este ano com o mote da gastronomia, nada melhor do que juntar quem percebe de cozinha com quem escreve livros. Elisabete Ferreira, Ana Rodrigues, Fernando Calado e Nuno Diniz juntaram-se para debater a importância da literatura na preservação da gastronomia. Elisabete Ferreira, a melhor padeira do mundo, não tem dúvidas de que fazer pão é muito mais do que juntar ingredientes. “Não é só juntar ingredientes e fazer. Também temos de ser conhecedores e estudar todas estas reações químicas que acontecem na comida, na alimentação, no meu caso no pão. Existe uma bioquímica no pão que é preciso entendê-la e para isso é preciso estudar, é preciso ler, isso só mostra que a padaria não é só técnica, também é conhecimento. E o conhecimento faz-se de leitura”, referiu.
A importância das mulheres na cozinha foi também enaltecida através de uma exposição de Virgílio Gomes, escritor que se inspira nas emoções provocadas pela gastronomia. O transmontano reuniu mais de 80 livros assinados por mulheres, que estão patentes no Centro Cultural Adriano Moreira.
Numa região onde a comida é um dos ex-libris, o presidente da câmara de Bragança, Paulo Xavier, não tem dúvidas de que estão reunidos “os ingredientes para que a nona edição seja um sucesso”.
Além de levar escritores e chefes de cozinha às escolas, estabelecimentos prisionais, instituições e aldeias, este ano, pela primeira vez, também vai chegar aos restaurantes da cidade de Bragança, onde vai ser declamada poesia durante o almoço e jantar.
Esta é já a nona edição do Festival Literário de Bragança, que começou ontem e decorre até sábado. É promovido pelo município e pela Academia de Letras de Trás-os-Montes, com a produção da Editorial Novembro.
Escrito por Brigantia