Ter, 03/05/2011 - 17:44
Muitas bancas ficaram vazias depois da passagem das brigadas mas, acima de tudo, os feirantes queixam-se da violência excessiva.
Entre eles uma rapariga de 14 anos, que se queixa de agressões por parte da PSP.
“Entraram aqui como ladrões, tiraram-nos a fazenda toda. Fui agredida, fui empurrada, deram-me um pontapé para nos tirarem a fazenda”, denuncia Maria José, de 14 anos. Outro feirante queixa-se de lhe terem apontado armas. “Sem justificativas não podem apontar armas. Inclusivamente havia uma senhora polícia, que estava a chefiar a operação, que vinha para agredir a minha mãe, de 92 anos”, conta, Marcelo Sá, outro feirante da mesma família.
Alguns feirantes admitem que parte do material que têm para venda é contrafeito mas queixam-se da violência da intervenção.
Dizem que vai prejudicar as vendas.
“Acaba, porque pagámos 40 contos para estar cá mas no primeiro dia choveu e não se trabalhou. Hoje queríamos vender alguma coisa mas as pessoas assim nem compram. Anda por aí tudo desorientado, as pessoas ficam com medo. Assim não dá. Daqui a nada têm de nos pagar para virmos cá. Venho cá há sete anos e nunca vi nada assim”, conta um feirante de Felgueiras.
Entre os fregueses, as opiniões dividem-se.
“Pessoalmente fiquei um bocadinho receosa porque, pelos vistos, houve problemas”, diz Filomena Vergueiro. Dinis Costa, por sua vez, até acha “correcto” que haja operações destas, porque “trazem mais segurança” à feira. Quanto a Manuel Costa, também vê com bopns olhos a intervenção da ASAE, “porque estão a fugir aos impostos”. Quanto a Bernardete da Conceição Graça confessa que ficou “assustada” porque as pessoas “não estão habituadas” a ver destes aparatos nas feiras.
A PSP recusa prestar declarações gravadas mas admite que os agentes utilizaram as suas armas normais de serviços, recusando terem sido utilizadas metralhadoras.Na operação participaram dez elementos da ASAE e 15 da PSP. Escrito por Brigantia