Escolas do distrito ainda estão a identificar necessidades para implementar plano de recuperação de aprendizagens

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Qua, 22/09/2021 - 09:57


O começo das aulas no distrito está a ser marcado pelas escolas a tentar identificar os conteúdos que é preciso recuperar, no âmbito do Plano 21|23 Escola+, lançado pelo Governo. Um plano que serve para que as aprendizagens, afectadas nos últimos dois anos lectivos, sejam restabelecidas.

No distrito, quase todas as escolas, estão só agora, em pleno arranque, a identificar o que é preciso fazer, mas ainda não há muitas certezas.

Fátima Fernandes, directora do Agrupamento de Escolas Miguel Torga, em Bragança, está descansada, até porque no ano passado já se implementaram algumas medidas de recuperação.

“A escola já está por dentro do que se deve fazer e no ano passado já se implantaram algumas actividades de recuperação. As turmas do ano anterior, no que toca a conteúdos, têm algumas dificuldades ao nível da Matemática e Português, também é preciso trabalhar a parte emocional, que, nestes últimos dois anos, foi abalada”, sublinhou.

Ainda pela capital de distrito, no Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, segundo a directora, Teresa Sá Pires, só se está agora, em pleno arranque, a identificar os problemas.

“Os departamentos ainda estão em reuniões e depois os conselhos de turma hão-de aferir que aprendizagens é necessário recuperar, caso seja preciso”, adiantou.

Por Vila Flor, o director do agrupamento, Fernando Almeida, admitiu que o cenário é idêntico. Ainda assim, o diagnóstico, não é algo de novo. Já se fazia antes de o Governo mandar.

“Neste momento, já foi constituída uma equipa para que o plano comece a desenvolver-se, mas, independentemente disso, como aqui é habitual, os professores fazem um diagnóstico das aprendizagens e são delineadas estratégias para recuperem conteúdos”, referiu.

Em Vinhais, no Agrupamento de Escolas D. Afonso III, os departamentos já reuniram, mas ainda há documentos por sair e, por isso, o director Rui Correia, considera que é preciso ir com calma e estar atento à realidade de cada escola.

“Ainda há documentos por sair e estamos um bocado na expectativa”, disse o director.

Em Macedo de Cavaleiros o processo está mais avançado, segundo o director do agrupamento, Paulo Dias.

“Fizemos um levantamento de necessidades no final do passado ano lectivo. Por exemplo, identificámos problemas no Português e na Matemática em três turmas do oitavo ano e essas turmas já têm uma componente reforçada nos horários”, esclareceu o director do agrupamento, Paulo Dias.

Os objectivos do plano, além da recuperação das competências, passam essencialmente por diversificar as estratégias de ensino, investir no bem-estar social e emocional e dar uma maior capacitação às escolas, através do reforço de recursos e meios. Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Carina Alves