Sex, 21/06/2024 - 12:15
Miguel Seco, da Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola, aponta que ainda há pouca comunicação entre as associações empresariais de Portugal e de Espanha e que é preciso mudar isso. “Há um problema comum aos dois países, nas zonas do interior há muito pouco relacionamento entre si. Fizemos um protocolo entre núcleos empresariais, como o NERBA, e câmaras de comércio espanholas raianas, porque contactamos algumas câmaras de comércio espanholas e dizia que estavam a fazer um evento, que ligavam para aqui e não tinham resposta e nem conheciam os interlocutores deste lado, associações empresariais. Por isso, é importante haver pontes para que as duas associações empresariais dos dois lados se conheçam e façam eventos conjuntos”, frisou.
O Embaixador da República Popular da China, em Portugal, também esteve presente. Zhao Bentang visitou Bragança pela primeira vez e diz ter visto potencial para atrair empresas chinesas para o nordeste transmontano. “Acredito que é região que tem muito potencial, ainda por escavar. Falta fazer mais coisas para se conhecerem mutuamente e para as empresas chinesas tenham mais informação e depois já podem vir. Através desta visita, a nossa embaixada vai divulgar, promover para que mais empresas chinesas venham”, adiantou.
Pedro Santos tem uma empresa de produção de insufláveis em Bragança. A empresa Factory Play surgiu em 2005 e trabalha já com o mercado espanhol. O empresário reconhece a importância destas iniciativas para quem pretende entrar na internacionalização e explica que o segredo para o sucesso passou por perceber as necessidades do mercado. “Houve algum trabalho inicial de ajustamento ao mercado e de perceber o que o mercado pretendia. A língua era mais ou menos fácil para nós, a proximidade também existia, portanto não foi propriamente um grande desafio. Foi mais perceber o mercado, o que precisava e não impor o que queríamos fazer”, disse.
Este é já o segundo ciclo de conferências, promovido e organizado pela MB-UP. O responsável, Mário Borges, explica que o objectivo é mostrar às empresas que há associações que as podem ajudar a chegar aos mercados internacionais. “Para as empresas conhecerem que têm apoios para a internacionalização. Não é necessário fazer esse caminho sozinho. Existem câmaras de comércio de vários mercados para fazer a ajuda para a internacionalização”, explicou.
O II Ciclo de Apoio ao Empresário decorreu ontem em Bragança e está a decorrer hoje em Alfândega da Fé.
Escrito por Brigantia