Empresas de Bragança apostam na inovação para serem competitivas no mercado

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Qua, 15/11/2023 - 09:08


Em Bragança, são cada vez mais as empresas que estão apostar na inovação e na mão-de-obra qualificada, para conseguirem crescer. A Wisekey e Inetum são duas dessas empresas que acreditam que sem inovação não é possível ser competitivo no mercado. O IPB tem aqui um papel importante

O Instituto Politécnico de Bragança é um dos grandes motores para que a inovação e a mão-de-obra qualificada chegue às empresas da região. Através da ciência e dos alunos que forma, pretende criar emprego mais qualificado na região. O presidente do IPB, Orlando Rodrigues, não tem dúvidas de que só assim as empresas conseguirão ser competitivas. “Sem inovação e sem capacidade de inovação as empresas hoje em dia não conseguem estar nos mercados. Hoje em dia as coisas são muito aceleradas e as mudanças tecnológicas estão a surgir muito rapidamente. As empresas ou inovam e se adaptam e conseguem fazer melhor que os concorrentes ou simplesmente não singram nos mercados”.

A empresa Wisekey é um dos exemplos de inovação. Foi criada em 2015 e mais do que fazer contabilidade, são gestores de projectos. Têm clientes por todo o país e até pelo mundo. Não abdicam de recursos humanos, mas a tecnologia é uma grande aposta para um trabalho mais rápido e competitivo, adianta um dos fundadores, Tiago Preto. “Tudo o que é processo de digitalização, de automação de processos, de partilha de documentos, de partilha de informação, investimos nisso diariamente e o nosso foco principal é esse, investir em ferramentas, criar e desenvolver ferramentas à medida que nos permitam optimizar processos. Porque, se o trabalho puder ser feito de forma automática, com automação, digitalização e inteligência artificial, nós vamos nisso”.

E para isso a mão-de-obra qualificada é essencial e o IPB é o grande fornecedor. Tal como a Wisekey, também a Inetum contrata alunos do politécnico. A empresa ligada à informática tem cerca de 70 trabalhadores, 90% eram alunos do IPB, adianta o responsável Daniel Cidre. “Todo o recrutamento é feito de recém-licenciados e existe um investimento enorme para formar estes colaboradores para no fim do dia se tornarem uns seniores e facturarem o máximo possível para a empresa e contribuírem o máximo para este crescimento digital”.

As duas empresas estão instaladas no Brigantia Ecopark. A incubadora acolhe cerca de 70 firmas e 380 trabalhadores. De acordo com o presidente, Hernâni Dias, já foram gerados milhões de euros. “A média salarial per capita na incubadora é de 1240 euros, sendo que 70% dos colaboradores aufere mais de mil euros por mês e 32% aufere mais de 1500 euros por mês. O volume de receitas do Brigantia Ecopark já anda na ordem dos 25 milhões de euros”.

Neste momento, a taxa de ocupação do Brigantia Ecopark é já de 96%. A ampliação do espaço é uma possibilidade.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais