Qui, 11/11/2021 - 09:13
A alfandeguense foi distinguida por ser uma das melhores na área do empreendedorismo e inovação social graças ao projecto EKUI. Uma metodologia de alfabetização única que consiste num baralho de cartas inovador que junta fonética, braille, língua gestual e o alfabeto tradicional. Disse ser um sonho e um reconhecimento de uma vida poder fazer parte da Ashoka Fellow.
“Entrar na Ashoka é um objectivo que todos os empreendedores sociais do mundo têm, é um sonho até mais do que um objectivo. Nunca pensei entrar na Ashoka, não porque não acreditasse na minha carreira enquanto empreendedora ou trabalho que desenvolvo, mas porque a qualidade dos Fellows, ou seja das pessoas que entram na organização, é muito alta e são os melhores do mundo na área da inovação e empreendedorismo social”, referiu.
Apesar de ainda não ter sido calculado o impacto que este método tem nos mais novos, Celmira Macedo reconhece que através dele a aprendizagem do alfabeto é muito mais rápida.
“Quase 90% dos alunos aprenderam mais rápido as letras do alfabeto, o que lhes facilitou a aprendizagem da leitura e da escrita, desenvolveram competências de comunicação, de empatia e os professores mudaram, efectivamente, as suas práticas para práticas mais inclusivas e flexíveis, que abarcassem todos os seus alunos, incluindo aqueles que têm algum tipo de incapacidade”, referiu.
O projecto EKUI já foi implementado em vários países do mundo. Em 2015, chegou pela primeira vez às escolas, tendo já formado mais de quatro mil professores, educadores e pais nesta metodologia de aprendizagem e não pára de crescer.
Celmira Macedo é doutorada em Educação Especial pela Universidade de Salamanca e investigadora no Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos da Universidade Católica de Braga, onde está agora a tirar o pós doutoramento.
Escrito por Brigantia