Qui, 22/09/2011 - 10:51
“É claramente uma situação preocupante mas a média de dívidas dos hospitais EPE anda na ordem dos 40 e tal milhões de euros e o CHNE está bastante abaixo. Há outros, da mesma dimensão que este, que têm dívidas de 30 milhões para não falar nos que têm mais de 100” refere Henrique Capelas.E aponta as dificuldades do financiamento e a obra feita para justificar este valor da dívida. “Este aumento de dívida tem a ver com o alargamento do prazo de pagamento porque nós temos sido penalizados no financiamento. Mantendo o nível de serviços prestados, é óbvio que as dívidas aos fornecedores aumentarão” explica. “Nós podíamos não ter dívidas se não tivéssemos feitos as obras” lembra. Henrique Capelas sublinha que o sistema de financiamento é injusto para hospitais pequenos como os do distrito de Bragança.“Nós perdemos mais de 30 milhões de euros a nível de receita e mesmo assim até conseguimos aumentar o nível de actividade” afirma. “Este sistema de financiamento beneficia claramente os grandes hospitais e penaliza os mais pequenos como é o caso do CHNE” acrescenta. “Há hospitais inseridos no grupo 2 que chegam a receber o dobro por acto médico que nós aqui praticamos e nós estamos no grupo 4”.O presidente do CHNE ainda em exercício sublinha que apesar do aumento da dívida, os custos foram controlados.
“Nos últimos cinco anos nós ficámos, a nível nacional em quinto lugar entre os 34 hospitais. São dados do ministério da saúde. No total foi uma evolução de 1,8% na evolução dos ustos contra hospitais que tiveram aumentos de mais de 10%” avança.
Escrito por Brigantia