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Concursos desertos atrasam e encarecem algumas obras em Bragança

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Ter, 23/04/2019 - 10:39


Algumas das obras no âmbito do PEDU, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, do município de Bragança, no valor global de 37 milhões de euros, estão mais demoradas a arrancar e ficam mais caras. 

A origem do problema está na falta de concorrentes para os concursos públicos relativos às intervenções, admite o presidente da câmara de Bragança, Hernâni Dias. “Tivemos já alguns concursos para obras que ficaram desertos. Acontece aqui em Bragança como no país inteiro. O problema está identificado pelo próprio governo e Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais (CCDR), daí ter havido já uma decisão no sentido de prorrogar o prazo de execução do Portugal 2020. Tivemos de lançar uma obra três vezes, porque não havia concorrentes e noutra o empreiteiro abandonou, por razões que não são da nossa responsabilidade, mas tivemos de fazer novos procedimentos para a podermos adjudicar”, contou.

A repetição dos procedimentos acaba por atrasar e encarecer as obras, já que os projectos podem alterar-se financeiramente. “Isso implica, eventualmente, um maior esforço financeiro da nossa parte, uma vez que em obras que estavam adjudicadas por um determinado montante o preço tem de aumentar um bocadinho, para que consigamos ter concorrentes”, adiantou.

Na opinião do autarca, o problema tem a ver com a conjuntura no sector da construção civil e com “o processo de estagnação da construção civil obrigou a que muitos empreiteiros e mão-de-obra qualificada saíssem do território, que foram procurar outros sítios para ganhar a vida e neste momento não conseguem regressar e abandonar um local com alguma segurança para virem para uma situação com alguma instabilidade”.

Em curso, estão actualmente diversos arranjos urbanísticos em diferentes zonas da cidade e a construção do pavilhão da Coxa. Em breve vai ser assinado o auto de consignação da circular interior de Bragança e no caso das avenidas João da Cruz e Sá Carneiro, já têm visto do Tribunal de Contas (TC) e o município está a ultimar os preparativos para que a obra se inicie o mais rapidamente possível. A autarquia está ainda a construir o Centro de Inovação Jurídica e o Centro de Respostas Integradas. Nos imóveis que vão acolher o serviço de finanças e uma habitação para casais jovens, as obras foram interrompidas por abandono do empreiteiro.

Ainda se inclui neste pacote de 37 milhões de euros, no âmbito do PEDU, o Museu da Língua Portuguesa, que se encontra na fase de concepção de conteúdos museológicos e articulação com as vertentes de arquitectura e engenharia. Escrito por Brigantia.

Foto: CM Bragança

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro