CIM TTM apresenta estratégia para a próxima década no território

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Ter, 28/11/2023 - 09:55


A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes apresentou, ontem, a sua estratégia para o próximo quadro comunitário, 2030

São 110 milhões de euros para os 9 municípios da CIM. Na apresentação da estratégia, um dos responsáveis, Mário Rui Silva, explicou que estará assente nos activos diferenciados das terras de Trás-os-Montes. “Ao nível da excelência ambiental, ao nível de um turismo de natureza, aventura, ligado ao património histórico e cultural, aos produtos endógenos e ao nível das fileiras agro-industriais. Essa estratégia procura apostar nestes sectores, respondendo àquilo que considero ser o maior desafio das Terras de Trás-os-Montes, que é inverter a regressão demográfica”.

O objectivo é reverter a desertificação na região. Mário Rui Silva realçou que o Politécnico de Bragança pode ser uma das soluções, uma vez que atrai jovens de várias partes do país e até do estrangeiro. “A partir de 2017 verifica-se um saldo migratório positivo. A tendência para os próximos anos é uma imigração de população estrangeira, que vem estudar para Bragança e que se tiver um quadro de vida agradável e incentivos tenderá a fixar-se em Bragança. Isso é muito importante não apenas para fornecer trabalhadores activos qualificados, como para a criação de novas empresas”.

Apesar de ser adaptada à região, o presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes explicou que a estratégia tem orientações obrigatórias, como a digitalização dos serviços. No entanto, Jorge Fidalgo não poupou críticas aos critérios que são usados para obter financiamento. “Temos um território vastíssimo, com muitos problemas, a nível dos transportes e das acessibilidades e, obviamente, que o quadro comunitário fica muito aquém daquilo que gostaríamos e necessitamos”.

Jorge Fidalgo defendeu ainda que deveria haver uma estratégia mais concertada nos sectores principais da região, de modo a fixar pessoas. “Tem de haver políticas muito concertadas e pessoalmente defendo que deveria existir um plano com financiamentos multifundos, em que o sector agrícola, o sector industrial e até o sector social têm que estar interligados. O que temos é que cada sector tem trabalho separadamente. Tem que haver aqui uma estratégia conjunta para o território”.

A estratégia da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes rege-se por investimentos identificados pelos municípios como prioritários, em articulação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Foi apresentada ontem no Politécnico de Bragança.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais