CDU acusa executivo de falta de transparência e mentiras

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Sex, 19/12/2008 - 10:09


Os trabalhadores da câmara de Bragança estão a ser penalizados com a entrada em vigor do Sistema Integrado de Avaliação da Administração Pública. Esta é pelo menos a opinião da CDU.  

José Castro explica que há já “dois anos que os trabalhadores municipais são penalizados por não terem acesso às chamadas alterações de posicionamento remuneratório, ou seja, as anteriores promoções”. O deputado municipal pela coligação acrescenta que o executivo se “aproveita do pior que tem a nova lei relativamente a este regime de vínculos”. No seu entender o executivo orçamenta unicamente o que a lei obriga, mas “não usufrui da regra de opção gestionária e que permite a atribuição dos prémios de produtividade aos trabalhadores”.  

Em conferência de imprensa, a CDU acusou ainda o executivo da Câmara de Bragança de falta de transparência.

Diz que há mentiras que são levadas à Assembleia Municipal e dão como exemplo a alegada falta dos relatórios de conta das empresas Terra Fria Carnes, o matadouro de Bragança, e da Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro. “Têm trazido mentiras declaradas”, acusa José Castro. “Perguntamos o que era feitos das contas destas duas empresas e foi-nos respondido que da Terra Fria Carnes estariam na Assembleia Municipal e que as contas da Águas de Trás-os-Montes iriam ser pedidas”, conta o comunista. No entanto, segundo o mesmo, “a Assembleia Municipal respondeu-nos enviando dois documentos de Planos para 2009 de duas empresas, um era do matadouro e a outra do mercado Municipal, mas da Águas de Trás os Montes continuamos a não saber nada do que se passa”. 

José Castro, o líder da CDU na Assembleia Municipal teme mesmo que a situação económica da Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro seja mais grave do que se pensa. Exemplifica com o caso de Vila Real, que segundo a CDU “perante uma dívida astronómica está apor a condição de sair dessa empresa e nós aqui nem sequer temos qualquer elemento relativamente a essa dívida, quando a participação de Bragança é maior do que de Vila Real”, alega.

 

Os comunistas avançam ainda com outro exemplo do que dizem ser uma mentira do executivo. Explicam que quando há um ano atrás foi preciso decidir se o município iria abdicar ou não de 5% da colecta de IRS em favor dos munícipes, solicitaram à câmara informação sobre “a colecta de IRS aqui no concelho discriminada por escalões”. Ora, segundo a coligação, “o presidente do município declarou que tinha pedido esses documentos às finanças e que eles não os teriam entregue”. José Castro explica que a CDU inquiriu a Direcção Geral de Finanças, que respondeu que “em já tinha enviado à câmara municipal toda essa informação”.

 

Os comunistas ameaçam avançar judicialmente junto da Inspecção-geral da Administração Local para não deixar cair estas questões no esquecimento.

Até ao momento ainda não foi possível obter uma resposta por parte do presidente da câmara de Bragança a estas acusações.

Escrito por Brigantia