Sex, 18/11/2011 - 10:59
A cooperativa de Macedo de Cavaleiros, que calibra embala e vende castanha registou este ano uma produção abaixo dos números do ano anterior.
A produção diminuiu em média 20% em relação a 2010.
Paulo Silva, técnico da cooperativa, refere que o calibre da castanha é muito inferior, o que leva também à diminuição do tempo de conservação do fruto.
“Estimamos uma quebra de cerca de 20 por cento. Relativamente à qualidade, o calibre é inferior e a castanha não tem conservação. A longal tinha uma conservação de um ou dois meses e, agora, ao fim de 15 dias começa a degradar-se”, explica.
Ainda assim, as expectativas iniciais apontavam para uma quebra mais acentuada.
No entanto, os produtores de castanha das freguesias de Corujas, Lamas e Podence tiveram uma descida de quase 50% na produção em relação ao ano passado.
“Os produtores queixavam-se mais no início, depois o tempo foi passando e começou a chover e os produtores começaram a aperceber-se que até tinham mais castanhas do que pensavam.”
A produção dos soutos transmontanos ronda a tonelada por hectare.
Paulo Silva afirma que a tendência é para um aumento do número de produtores.
E acredita que dentro de 10 anos os produtores transmontanos atinjam o 2º lugar no ranking Europeu de produtores de castanha.
“Há uma tendência para se manter e, até, aumentar, porque é o produto que dá alguma rentabilidade. A nível europeu somos o quarto produtor.”
A Cooperativa Soutos os Cavaleiros registou este ano uma quebra na qualidade e na quantidade de castanha.
Cerca de 80% da castanha nacional é produzida em Trás-os-Montes.
O nordeste transmontano é responsável por cerca de 80 milhões de euros em castanhas.
Escrito por CIR