PUB.

Casal de macedenses deixa de trabalhar para cuidar de bebé com tumor raro: há campanhas para os ajudar

PUB.

Sex, 17/06/2022 - 09:05


Carlos Salsas é natural de Murçós, no concelho de Macedo de Cavaleiros, e é pai da pequena Camilla de 15 meses que em março foi diagnosticada com um tipo de tumor cerebral agressivo

Para dar à filha a atenção que precisa, os pais, ambos enfermeiros em Inglaterra, não tiveram outra hipótese a não ser deixar de trabalhar.

Carlos Salsas conta que, até agora, a bebé já foi sujeita a várias cirurgias, requerendo total atenção dos pais. "A ressonância mostrou que ela tem um tumor na cabeça. Foi entubada para poderem fazer transferência para o hospital em Oxford, que tem a especialidade de cirurgia à cabeça. No primeiro dia puseram um dreno para aliviar a pressão na cabeça, no dia seguinte fizeram a primeira operação para tentar remover o máximo possível do tumor e estiveram cerca de 10 horas no bloco operatório. No dia seguinte fizeram outra ressonância que demonstrou que afinal não tinham conseguido remover o que eles pensavam e, por isso, voltaram a fazer outra cirurgia, um pouco mais agressiva, para poderem chegar ao tumor, o que iria causar vários problemas. Entretanto o tumor cresceu no espaço de quatro ou cinco semanas muito mais do que esperavam, uma vez que tinham removido entre 95% a 97%, fizeram novas análises e descobriram que afinal se tratava de um cancro muito mais raro e agressivo. Temos estado por casa a tentar passar o máximo de tempo possível com ela.”

Nestes casos, atendendo à esperança de vida dada pelos médicos, alguns pais optam por não seguir para tratamentos de quimioterapia. Não é o caso deste casal, que está decidido a lutar pela vida da filha até onde for possível. "Cerca de 11% das crianças diagnosticadas com este cancro vivem até nove meses. Quando nos disseram isso foi o pior dia da nossa vida. Como tem menos de três anos não pode fazer radioterapia, tem de ser quimio. O médico disse que alguns pais, nesta situação, recusam tratamento, devido ao facto de ser muito agressivo, com medicação muito tóxica. Independentemente do prognóstico, nós acreditamos em Deus e temos rezado muito, não vamos pôr os braços para baixo e temos de continuar a lutar até à última esperança que tenhamos".

Complicações levaram a que a menina tivesse de ir ao bloco operatório pela sexta vez.

Agora seguem-se pelo menos mais seis meses de quimioterapia e a atenção que o estado de saúde da pequena Camilla requer impossibilita os pais de ir trabalhar.

Apesar dos tratamentos serem custeados pelo serviço de saúde britânico, deixou de entrar dinheiro para fazer face às despesas mensais, estando por isso a decorrer algumas iniciativas para ajudar esta família financeiramente. "Primeiro foi um colega que trabalhou comigo aqui na Inglaterra que me disse que estava a pensar fazer uma petição. Eu não recusei, até porque o processo é longo. Vai fazer três meses desde a primeira cirurgia e vai fazer pelo menos mais seis de tratamento, o que nos levou entretanto a deixar de trabalhar. Depois um amigo de Murçós também me falou em fazer uma campanha para ajudar. Um pai pelos filhos faz tudo".

Pode ajudar acedendo ao link (https://www.gofundme.com/f/help-this-little-angel-called-camilla) ou fazendo transferência para o IBAN GB63LOYD30943834860860, BIC/SWIFT LOYDGB21042.

Escrito por Onda Livre (CIR)