Câmara de Mogadouro já tem visto do Tribunal de Contas para a construção de um matadouro

PUB.

Seg, 02/10/2023 - 08:28


A construção do matadouro foi uma das promessas eleitorais do actual presidente, António Pimentel, que tomou posse há dois anos

Ainda chegou a estar em cima da mesa um matadouro que servisse Mogadouro, Vimioso e Miranda do Douro, mas, como não houve um consenso, António Pimentel vai mesmo avançar com a obra no seu concelho e diz-se satisfeito pelo rápido desenrolar do processo. “Foi feito o concurso público. Depois tivemos um problema no percurso, que foi a reclamação do que ficou em segundo lugar, que nos atrasou em quatro meses. Entretanto, o tribunal pronunciou-se, deu-nos razão, e o caminho a seguir foi, naturalmente, enviar para visto do Tribunal de Contas. Estes processos são sempre difíceis quando se parte do zero. Acho que é um tempo recorde para pôr no terreno uma obra desta natureza”.

O presidente diz que há alguns críticos, que referem que este não é um bom investimento porque a pecuária tem vindo a diminuir no concelho. Mas o autarca segue confiante. “Para além da centralidade que dá a Mogadouro, visto que é o único concelho que está junto a outros seis, na região, continuo a pensar que é um investimento que será um suporte para a pecuária e estou convencido que virá dar um novo fôlego aos nossos agricultores”.

Para além do abate, este matadouro também vai ter uma unidade de transformação da carne, ajudando a que a estrutura seja bem rentabilizada. “Iremos ter transformação de carne para poder ser comercializada, ser tratada e encaminhada para os mercados que a poderão vir a absorver. Com a crise alimentar que hoje se sente no Mundo, creio que muitos países estão ansiosos para receber carne como a que se produz aqui. Se soubermos trabalhar e gerir convenientemente, este investimento vai ter sucesso”.

No Planalto Mirandês há já várias explorações de coelhos. A Direcção-Geral da Alimentação e Veterinária sugeriu que o matadouro deveria ter uma linha de abate para estes animais e o presidente diz que facilmente isso mesmo pode ser feito, de forma a criar uma estrutura moderna. “Não está concebido com essa linha mas podemos fazê-lo, com pouco investimento”.

O visto do Tribunal de Contas é já um primeiro passo para a empreitada, que deverá custar mais de três milhões de euros. Para já, a obra avançará com fundos da câmara, que depois vai procurar financiamento.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves