Autarcas da CIM Terras de Trás-os-Montes reivindicam investimentos para a região

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Seg, 14/01/2019 - 09:51


Depois do plano nacional de investimentos 2030 ser discutido em Assembleia da República, os autarcas da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes não estão contentes.

O descontentamento prende-se pelo Plano de Investimento 2030 não contemplar investimentos rodoviários, ligações transfronteiriças, ferroviárias e ainda a passagem do aeródromo de Bragança a aeroporto regional, antigas pretensões para a região. A nível rodoviário, o presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, Artur Nunes considera que 80 milhões de euros para o programa da Coesão Territorial é um montante muito pequeno para todo o país.

“O valor do projecto para a estrada que liga Vimioso a Carção são 20 milhões de euros. 80 milhões para todo o país, parecemo-nos um valor relativamente baixo. É um valor reduzido para a estrada de Vimioso e também para a Nacional 103 de Vinhais, em que o investimento ainda é maior, do que estava, inicialmente, previsto”, disse Artur Nunes.

A CIM Terras de Trás-os-Montes também quer ver incluídas as ligações transfronteiriças no Plano de Investimentos 2030.

“Para estas ligações, o valor previsto são cerca de 200 milhões. Continuamos a reivindicar três ligações, em primeiro lugar, a ligação à Puebla de Sanabria, a conclusão do IC5 a Espanha, e depois, a ligação a Vinhais, por Macedo de Cavaleiros e à A Gudiña. São as propostas que reivindicamos, em Dezembro e que gostaríamos de ver vertidas no documento”, acrescentou, o também presidente do município de Miranda do Douro.

A nível ferroviário, Artur Nunes, em nome dos restantes 8 presidentes dos municípios, refere que vêem com bons olhos a inclusão de uma alínea para estudo da possibilidade de abertura de uma linha ferroviária entre Leixões e Zamora: “nesta matéria, vemos com bons olhos essa possibilidade de estarem inscritos no plano, investimentos para estudos. No entanto, gostaríamos que fosse contemplado e inscrito, efectivamente, o estudo para um canal de mercadorias para este território. Também temos a informação, que da parte do governo, há a intenção de fazer a electrificação da linha até ao Pocinho”.

Outra ambição é a passagem do aeródromo de Bragança a aeroporto regional, como explica Artur Nunes.

“A caracterização e a viabilização do aeroporto de Bragança de carácter regional que nos podia servir e ser um elemento de coesão territorial para o território da CIM Terras de Trás-os-Montes”, acrescentou o presidente da CIM.

O presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, em conferência de imprensa, na passada sexta-feira, com todos os autarcas da CIM, denunciou que o documento é genérico e não contempla os objectivos que a CIM ambiciona para a região.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Maria João Canadas