Autarca de Freixo de Espada à Cinta pede ao Governo que decrete Situação de Calamidade

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Qui, 21/08/2025 - 09:50


Através do Gabinete de Apoio ao Agricultor foi criado, para já, um gabinete de crise. Para solicitar apoio, os interessados devem dirigir-se ao Gabinete de Apoio ao Agricultor até às 12h30 de amanhã

O incêndio que deflagrou em Freixo de Espada à Cinta, na última sexta-feira, deixou um rasto de destruição que o presidente da câmara qualifica como muito preocupante. Assim, Nuno Ferreira, quer que o Governo decrete, rapidamente, a Situação de Calamidade no concelho e disponibilize os mecanismos de apoio necessários a todos os que foram afetados por este incêndio, em que se contabilizam 11 mil hectares de área ardida. “Aquilo que fiz, enquanto presidente da Câmara, foi solicitar ao secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, para que, junto do Governo, se declare Situação de Calamidade. É imperativo que isso aconteça devido aos mecanismos que são acionados para as pessoas poderem ter acesso aos fundos e, sobretudo, ao financiamento. Nós temos, neste momento, de levantar a cabeça, ser proativos e devolver a dignidade e a vida àqueles que perderam tudo neste incêndio. É fundamental que haja linhas de apoio para tudo aquilo que é necessário, desde logo para a reflorestação, apoios agrícolas, para os amendoais, olivais, vinhas e também alimentos para os animais”.

O autarca reforça que o Interior não pode ser esquecido. Através do Gabinete de Apoio ao Agricultor foi criado, para já, um gabinete de crise. Aqueles que perderam bens no incêndio devem ali reportar os prejuízos. “Está a ter muita adesão, infelizmente, por parte dos agricultores e das pessoas que perderam bens. É para nós, junto do Governo e das entidades competentes, formalizarmos o pedido oficial, das diferentes áreas que existem, e para sabermos aquilo que estamos a falar”, explicou.

O autarca lamenta ainda que a falta de meios tenha levado à rápida propagação das chamas e assume que se poderia ter evitado arder tanta área. “Em Vila Real, onde ardeu durante 11 dias, arderam seis mil hectares. Em Freixo de Espada à Cinta arderam nove mil hectares em seis horas. É algo grave e penoso e que podia ter sido evitado. Nós não estamos agora para apontar o dedo. O que é de lamentar é quando nós intercedemos, para que meios aéreos fossem acionados, estes não vieram”, frisou.

Para solicitar apoio, os interessados devem dirigir-se ao Gabinete de Apoio ao Agricultor até às 12h30 de amanhã.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves