Aldeia queixa-se dos esgotos

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Qua, 25/11/2009 - 10:07


A população de Lavandeira, em Carrazeda de Ansiães, exige que a empresa que gere o sistema de águas e saneamento, melhore o tratamento dos esgotos da aldeia. É que na zona do ribeiro, onde se situa a fossa séptica que recebe os efluentes da povoação, o cheiro é muitas vezes nauseabundo, para além de a água que sai da fossa para o ribeiro se infiltrar depois nos poços de rega adjacentes.  

Adelina Ferreira foi uma das que deixou de plantar a horta.

“Tínhamos aqui boas hortas, mas as coisas ficavam estragadas e secas tudo por causa da água, parecia veneno” refere.

Adelina até já colocou o terreno à venda, com placa espetada no muro, mas ninguém o quer.

 

Armindo Mesquita ainda não se lembrou de vender o seu, um pouco mais abaixo, mas também já deixou de o cultivar. “Deixei de semear ali por causa da água” garante.

 

E quem está só de passagem para outros terrenos, como Glória Moutinho, também condena o estado a que o ribeiro chegou. “Aquilo cheira muito mal, estou sempre com vontade de vomitar, não se consegue passar ali” refere.

 

O novo presidente da Junta de Freguesia, Renato Lopes, ainda nem completou um mês de mandato e já registou os protestos do povo. “O povo está descontente porque principalmente no Verão é um cheiro insuportável e penso que até será prejudicial para a saúde publica” afirma.

 

À empresa Águas de Carrazeda ainda não chegou nenhuma reclamação, pelo menos é que diz o administrador, Francisco Morais.

Garante que os esgotos da Lavandeira estão devidamente tratados e que não representam qualquer perigo para a saúde pública. “Na linha de água, o liquido sai completamente cristalino porque há tratamento prévio dentro dos parâmetros legais em vigor e por isso não há risco para a saúde pública” garante.

Escrito por CIR