360 mil euros para valorizar património

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Qua, 28/04/2010 - 09:23


As coberturas da Sé da Miranda do Douro podem vir a ser intervencionadas no âmbito do projecto Rota das Catedrais. Uma iniciativa nacional que visa requalificar os principais monumentos eclesiásticos do país.  

A novidade foi avançada pela Directora Regional da Cultura, embora se trate ainda de uma hipótese.

“Claro que há obras de vulto que ainda não estão feitas, mas estão programadas como é o caso das cobertura das Sé de Miranda do Douro” refere Paula Silva. “Está previsto que sejam feitas e até pode ser no âmbito de um projecto que existe a nível nacional e que se chama Rota das Catedrais”. “Mas é evidente que há obras que têm que ser feitas” salienta.

 

Declarações à margem das Jornadas Técnicas sobre Valorização de Património que decorrem este dois dias no distrito de Bragança.

Uma iniciativa integrada na candidatura “Terra de Fronteira e Vale do Douro” apresentada ao POCTEP pela Direcção Regional de Cultura do Norte e pela Junta de Castela e Leão.

 

Este projecto visa a valorização e restauro de alguns monumentos destas duas regiões.

O coordenador da candidatura indica alguns que foram contemplados.

“Interviemos na recuperação da igreja e escavações arqueológicas que puseram à vista vestígios do Mosteiro de Castro de Avelãs” refere Miguel Rodrigues, acrescentando que “fizemos também uma recuperação da Domus Municipalis e na Sé de Miranda, igreja de Freixo de Espada à Cinta, Castelo de Penas Róias”.

No âmbito de outras candidaturas a Direcção regional interveio também “na recuperação de outros imóveis desta região como foi o caso do Castelo de Algoso, a Igreja Matriz de Vimioso, o Castelo de Mogadouro e a Igreja de Torre de Moncorvo”.

 

No âmbito desta parceria com Castela e Leão já foram investidos 800 mil euros em candidaturas anteriores.

A que está agora a decorrer, prevê um investimento de 360 mil euros só para o lado português, mas que não incide tanto em obras mas sim em divulgação do património.

“Trata-se da criação de conteúdos que permitam que as pessoas que visitam os edifícios tenham um conhecimento mais franco daquilo que estão a visitar” explica Paula Silva, revelando que “vamos fazer uma nova candidatura com a Junta de Castela e Leão no sentido de continuar a valorização do património de fronteira e que ele sirva para o desenvolvimento económico deste território do ponto de vista do turismo cultural”.

 

As Jornadas sobre Valorização de Património contam com a participação de cerca de 40 técnicos vindos dos dois lados da fronteira e que estão a visitar imóveis classificados do distrito de Bragança que foram alvo de intervenções de conservação e valorização.

Escrito por Brigantia