Ter, 14/10/2025 - 08:24
Uma das surpresas da noite eleitoral de domingo, em Mirandela, foi a eleição de Luís Saraiva como vereador eleito pelo Chega, uma estreia.
Conseguiu 10% da votação, um total de 1406 votos, quatro vezes mais do que o Chega tinha alcançado em 2021, ou seja, mais 1065 votos.
Ainda assim, Luís Saraiva revela os resultados “ficaram um bocado aquém do que pretendíamos, mas nem por isso deixam de representar um passo histórico para o nosso concelho”, adianta o candidato do Chega. “Elegemos vários elementos pelos diversos órgãos, praticamente quadruplicamos o resultado de há quatro anos, o que me deixa, pessoalmente, muito orgulhoso do trabalho realizado e também confiante para aquilo que é o futuro, que nós queremos que seja de mudança. Portanto, é um resultado agridoce”, acrescenta.
Confrontado com o novo cenário colocado ao Partido Socialista que perdeu e maioria e da necessidade de obter acordos para a governabilidade do executivo, Luís Saraiva diz que não fecha a porta a nada, mas, até agora, “não há nada em cima da mesa”, garante.
Se isso vier a acontecer, “estamos abertos a falar com toda a gente, aliás sempre dissemos que nós seríamos sempre parte da solução e nunca do problema, em prol do que fosse, as propostas para o concelho de Mirandela”, sustenta.
De qualquer forma, o agora eleito vereador do Município, adianta que qualquer abordagem “terá que ser analisada em primeiro lugar pelo Conselho Nacional e só depois tomar uma decisão”, diz.
Na história das autárquicas, nos últimos 50 anos, apenas, em duas ocasiões é que o candidato mais votado, no concelho de Mirandela, não venceu com maioria absoluta tendo de realizar acordos com outros partidos.
Aconteceu com Maximino Monteiro (CDS), em 1976, e com José Silvano (PSD), no seu segundo mandato, em 2001, que estabeleceu um acordo com o então candidato do PS, Henrique Pedro, que passou a integrar o executivo como vereador a tempo inteiro.
Escrito por Rádio Terra Quente (CIR)