Qua, 21/05/2025 - 11:48
Já estão ativos cinco postos de vigia primários na região. O objetivo é a identificação de incêndios ainda numa fase precoce.
Adolfo Garrido é vigilante no posto de Montesinho há quase 20 anos, já conhece bem o território, e em caso de uma ocorrência dá a conhecer à Guarda Nacional Republicana (GNR) o início de um incêndio. Reconhece ter grande importância na salvaguarda da floresta. “Nós estamos aqui para isso, para comunicar quando está a começar um fogo e não o deixar aumentar, porque senão estamos aqui a fazer nada. Com os binóculos, conheço bem o sítio, e dou o ângulo à GNR, que posteriormente verifica a situação. Temos de estar sempre vigilantes, a olhar para todos os lados, durante 24 horas”, destacou.
No início de maio foram ativados cinco postos de vigilância no distrito, Montesinho (Bragança), Coroa (Vinhais), Reboredo (Torre de Moncorvo), Vimioso e Bornes (Macedo de Cavaleiros). O major do Comando Territorial de Bragança, Hernâni Martins, destaca que esta é base de todo o trabalho de deteção de incêndios. “A Rede Nacional de Postos de Vigia é a base de toda a vigilância, porque é através destes pontos altos, onde os membros se encontram, que se consegue garantir a triangulação e detetar as coordenadas reais de um ponto início. Toda a vigilância acessória ou complementar às pós-vigias é feita com patrulhas móveis, videovigilância florestal, aviões e drones”, frisou.
A partir de junho são ativados mais seis postos de vigilância secundários, Vale de Janeiro (Vinhais), Samorinha (Carrazeda de Ansiães), Mogadouro, Constantim (Miranda do Douro), Deilão e Nogueira (Bragança). A GNR considera que o trabalho desempenhado pelos vigilantes é “fundamental”:
O trabalho de vigilância é feito por civis, que conhecem bem o território. Muitos já o fazem há vários anos. Mas antes, têm de fazer uma formação para estarem aptos. No total, no distrito, há 11 postos de vigia, cinco primários, ativos durante meio ano, e seis secundários, ativos durante três meses.