Sex, 02/05/2025 - 09:03
São cada vez mais os trabalhadores da região em situação precária. O alerta foi deixado pela União dos Sindicatos de Bragança, ontem, nas comemorações do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, que aconteceram na cidade.
De acordo com o coordenador, Eduardo Alves, as empresas recorrem à subcontratação para não terem que colocar os funcionários nos quadros. “Tem aumentado muito a precariedade. Fazem subcontratação a outras empresas e assim a empresa deixa de ter encargos e não coloca os funcionários nos quadros e isso não deixa que haja fixação das pessoas no nosso território”, apontou.
As pessoas juntaram-se na Praça Cavaleiro Ferreira, onde houve um momento musical, e depois fizeram uma arruada pela zona histórica de Bragança. O objetivo é chamar a atenção para a valorização das carreiras profissionais e para a criação de incentivos que façam os jovens fixarem-se.
Eduardo Alves criticou ainda a falta de cursos profissionais em áreas primárias, que podiam qualificar pessoas e resolver problemas de mão-de-obra na região em vários setores, como o da agricultura. “A escola profissional da Sé não devia ter acabado. Acabaram com os cursos de mecânica, de carpintaria, de eletricidade, era uma mais-valia para toda a gente. O centro de emprego podia ajudar, até tem estruturas para isso, mas ultimamente não têm feito nada. Vão tendo cursos de jardinagem, cozinha e pouco mais. Não serve para a região”, criticou.
Ontem celebrou-se o Dia do Trabalhador. A data foi assinalada, em Portugal, pela primeira vez em 1890, com manifestações em Lisboa e no Porto. No entanto, só passou a ser feriado oficial em maio de 1974, após o 25 de abril.
Escrito por Brigantia
