Maioria dos bombeiros de Mirandela solidários com comando e associação

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Sex, 06/03/2009 - 08:20


Cerca de 80% dos bombeiros de Mirandela estão solidários com o comando e a direcção da associação humanitária e fazem questão de o referir num comunicado que está a ser distribuído pela cidade.A situação acontece uma semana depois do STAL ter distribuído um outro comunicado denunciando que existe perseguição e coacção a bombeiros de Mirandela.   

“Mais de 80% dos elementos desta corporação apoia incondicionalmente este comando e associação” afirma Valter Costa, porta-voz dos cerca de 40 bombeiros que estão solidários com a direcção.“Os acontecimentos que têm vindo a publico não têm razão de ser porque os funcionários que lançaram a polémica queriam fazer passar a mensagem de que todos os bombeiros estavam contra a direcção, o que é falso” acrescenta. Estes bombeiros negam que exista perseguição e coacção e até dão exemplos de alguns benefícios que têm recebido da direcção. Motoristas que utilizam ambulâncias e outras viaturas da associação como meio de transporte pessoal, sem qualquer desconto no vencimento. Dias de folga para tratar de assuntos pessoais concedidos e sem penalização e até adiantamentos de ordenados têm sido concedidos.São apenas alguns dos exemplos avançados no comunicado. “Falam em maus-tratos e perseguições aqui damos exemplos de que isso é falso”. Valter Costa desmente que exista mau ambiente no seio da corporação. “Estão aí 40 assinaturas de profissionais e voluntários” refere salientando que “o comando e a direcção não têm nada a ver” com este comunicado. “Somos nós que queremos defender a nossa corporação”. É a guerra de comunicados que continua. Primeiro o STAL, depois a direcção dos bombeiros, agora cerca de 40 soldados da paz mostram-se solidários para com o comando e direcção dos bombeiros de Mirandela. Sobre esta polémica, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Bragança, Humberto Martins, lamenta o que está a acontecer, mas não se pronuncia. “Não tenho uma visão clara do problema” afirma salientando, no entanto que “há condições especiais nos bombeiros que têm de ser tidas em conta pois um motorista não pode abandonar um doente porque atingiu as oito horas de trabalho”. Sobre estas situações diz ainda que “há sempre formas de dar a volta a isso”.

Humberto Martins diz já ter pedido um esclarecimento jurídico à Liga de Bombeiros, a propósito dos horários de trabalho, mas até ao momento ainda não teve resposta.

Escrito por CIR