Sindicatos esperavam mais adesão à greve em Bragança

PUB.

Qui, 25/11/2010 - 11:12


A União de Sindicatos de Bragança confessa que estava à espera de uma adesão mais significativa à greve geral desta quarta-feira. Saúde e educação foram os serviços mais afectados pela paralisação, mas os trabalhadores também pararam noutros sectores.

Na saúde, 75% dos enfermeiros do Hospital de Bragança fizeram greve.

O centro de saúde da Sé, na cidade de Bragança, não esteve a funcionar uma vez que os 16 funcionários e seis dos noves médicos não foram hoje trabalhar.

Na educação, encerraram duas escolas: a primaria das Beatas na cidade de Bragança e o Centro Escolar de Freixo de Espada à Cinta.

Os infantários de Salsas e o de Santa Maria, em Bragança, Moimenta e Vilar de Lomba em Vinhais também não funcionaram.

O mesmo aconteceu em Argoselo, Vimioso, com a escola primária e o jardim-de-infância.

Nas câmaras municipais, a maior adesão registou-se em Mirandela com 80% e Torre de Moncorvo com 60%.

Houve ainda outros serviços afectados, como foi o caso dos CTT com 95% de adesão em Torre de Moncorvo e 50% no Centro de Distribuição Postal de Bragança.

A Conservatória do Registo Predial de Bragança teve uma adesão de 100%, tal como o atendimento geral da Segurança Social que, no entanto, assegurou serviços mínimos.

No tribunal de Bragança, faltaram cinco funcionários e três magistrados.

 

Também as ligações entre Bragança, Vila Real e Lisboa por avião estiveram suspensas, com todos os voos foram cancelados.

A União de Sindicatos de Bragança confessa que esperava uma adesão maior.

“Estamos com a meta possível, derivado à situação do distrito, em dificuldades, sem emprego, sem agricultura e daqui a nada sem serviços públicos”, explica Manuel Miranda, que “esperava mais”. Acrescenta ainda que numa época de crise o desconto que seria feito no ordenado por este dia de greve, faz falta no bolso dos trabalhadores.

“Os vencimentos são baixos e as dificuldades são muitas. As pessoas têm os filhos a estudar, encargos de habitação, carro e com a precariedade que há, conta muito um dia de greve para os trabalhadores.”

A União de Sindicatos esperava mais adesão sobretudo nos serviços municipais.

Escrito por Brigantia