Sindicato quer ministra”persona non grata” em Bragança

“Veio desautorizar o Governador Civil de Bragança, que tinha pedido ao Governo do seu partido que tivesse em atenção o emprego dos docentes do distrito Bragança. E também disse que há problemas de dois grupos. É uma profunda mentira, há em muitos mais. O mais grave é que veio dizer isso à nossa casa. Até parece que o interior não é nenhum problema para o Governo. Isto pode desertificar o distrito de Bragança e pode ser dramático para a economia local”. Por isso, José Domingues pede mesmo que Maria de Lurdes Rodrigues seja considerada “persona non grata” na região.

José Domingues concorda ainda que as actividades de enriquecimento curricular e o programa Novas Oportunidades criou emprego entre os professores, mas mesmo assim muito aquém das necessidades. Por isso, gostaria de ter ouvido a ministra propor medidas contra a desertificação.

“É verdade que a escola a tempo inteiro alargou o horário de funcionamento nas escolas mas, ao contrário do que diz a ministra, não criou mais postos de trabalho. As câmaras contratualizam com o ministério da educação algumas actividades ministradas por monitores. Alguns deles, felizmente para os alunos, licenciados em educação. Não é obrigatório que isso aconteça. Mas se o sistema fosse diferente era possível criar mais postos de trabalho, defende José Domingues. Para o sindicalista, “os Centros Novas Oportunidades deram oportunidade a alguns jovens desempregados. Infelizmente, foi a muito poucos”. Por outro lado, “é verdade que há professores em excesso no distrito mas porque cada vez há menos população”, diz. “E ainda vamos ter menos porque os jovens professores vão embora e levam as suas famílias. Queríamos ouvir da ministra eram medidas para combater a desertificação do interior”, concluiu.

A resposta do Sindicato dos Professores do Norte às declarações de Maria de Lurdes Rodrigues, que desdramatizou a saída de professores do distrito de Bragança.

  Escrito por Brigantia