Qua, 09/09/2015 - 11:57
No entanto, João Branco, presidente da Direcção Nacional da Quercus, defende que o empreendimento vai afectar “as espécies protegidas, a população e a paisagem do Alto Douro Vinhateiro”.
“São torre enormes de 100 a 120 metros, O Alto Douro Vinhateiro tem uma imagem a manter, e a integridade da paisagem é alterada e corre-se o risco de que comece sair nas revistas vitícolas que o Douro já tem mais torres eólicas do que vinha”,
O ambientalista entende que o projecto é incompatível com a classificação de Património Mundial da paisagem, não tendo condições para ser autorizado pelas entidades nacionais. Mas caso o parque eólico receba aprovação do Governo e da Agência Portuguesa do Ambiente, a Quercus promete apresentar queixa à UNESCO.
A maior parte da área de estudo encontra-se na Zona Especial de Protecção (ZEP) do Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial classificado pela UNESCO.
O ambientalista afirma que “tem ainda de se avaliar devidamente os impactos cumulativos nesta zona, depois da construção da barragem do Foz Tua e da colocação de uma linha de alta tensão”.
O Estudo de Impacte Ambiental do projecto esteve em período de consulta pública e é agora necessário o aval da agência portuguesa do ambiente para o parque eólico poder avançar.
Contactado pela CIR, o presidente do Município de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves não quis para já reagir à denúncia da Quercus, por desconhecer o teor da posição da associação ambientalista, remetendo para mais tarde declarações sobre este tema. Escrito por Brigantia.