PS acusa Passos Coelho de mentir aos transmontanos

O deputado socialista eleito pelo distrito na Assembleia da República diz que não é possível retomar as obras do Túnel até ao final de Junho, porque ainda nem sequer foi lançado o concurso.“O primeiro-ministro vem dizer que arranca em Junho. Isso é falso, porque nem sequer concurso público internacional, como tem que existir, foi lançado e demora um ano”, atira Mota Andrade.Em relação à carreira aérea Bragança-Vila Real- Lisboa, suspensa há cerca de um ano, Mota Andrade confessa que o governo não pode obter luz verde de Bruxelas, porque retirou a candidatura que tinha apresentado em Setembro passado.“Em relação à ligação aérea também basta de mentiras. Não vai haver carreira aérea nenhuma pela simples razão que a candidatura que existia na União Europeia foi retirada em Setembro”, constata o socialista.O presidente da Federação Distrital do PS também não acredita nas palavras de Passos Coelho. Jorge Gomes diz mesmo que a promessa em relação ao Túnel do Marão é uma forma de caçar o voto dos transmontanos para as eleições europeias.“Diz que vai resolver este problema em Junho, temos eleições em Maio, cria-nos a expectativa e para os incautos cria a vontade de que quer resolver o problema. Mais uma vez temos um governo que usa os transmontanos para lhes mentir e para lhes caçar o voto de uma forma pouco séria”, salienta Jorge Gomes.Em relação à ligação aérea, Jorge Gomes diz que a falta de autorização de Bruxelas para retomar o serviço é uma desculpa esfarrapada do governo.“Se Passos Coelho tivesse interesse que a região fosse servida pelo avião nunca teria permitido que a carreira aérea terminasse”, frisa o presidente da Federação do PS.O presidente da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes também já reagiu às palavras do primeiro-ministro. Américo Pereira acusa Passos Coelho de continuar a adiar a resolução deste problema.“Eu gostava muito de acreditar que as obras do Túnel do Marão vão recomeçar. O problema é que já no ano passado o primeiro-ministro nos disse que as obras recomeçariam em breve, até ao final do ano, agora vem-nos pedir mais seis meses. O que é certo é que a aquela obra não pode continuar assim”, defende o presidente da CIM.Quanto à ligação aérea, Américo Pereira considera que este não é um problema de Bruxelas, mas sim do governo português.“Em relação à linha aérea, não é um problema de Bruxelas é um problema do governo português. E, por isso, ou o governo resolve este assunto rapidamente ou então continua a não ter intenções de o fazer e vai-se desculpando com Bruxelas”, atira Américo Pereira.

Os anúncios de Passos Coelho feitos em Bragança este fim-de-semana postos em causa pelos representantes políticos da região.

Escrito por Brigantia