Qua, 24/09/2014 - 11:21
Elisabete Barreira, dirigente regional de Trás-os-Montes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, assegura que também os enfermeiros que trabalham na região sentem na pele estas dificuldades e diz mesmo que a ULS do Nordeste precisa de mais profissionais.
“Que haja o descongelamento da progressão nos escalões que a nossa carreira vê congelada desde 2004, a admissão de mais enfermeiros, nomeadamente na ULS do Nordeste foi anunciada a contratação de 19 enfermeiros que aos olhos do Sindicato não nos parece que seja suficiente para colmatar as necessidades actuais, existe também a questão dos enfermeiros sem contrato individual de trabalho que auferem vencimentos diferentes exercendo as mesmas funções, e também pelo desgaste que se tem sofrido com o aumento das 35 paras as 40 horas e com a diminuição do número de enfermeiros por turno, ficando muitas vezes a segurança do doente em causa”, enumera Elisabete Barreira.
A representante do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses adiantou que na Unidade Hospitalar de Bragança a adesão à greve no turno da noite foi de 82 por cento. Já no Turno da manhã ronda os 75 por cento. Com 100 por cento de adesão à greve, estando a ser garantidos apenas os serviços mínimos, estão o bloco operatório, o serviço de urgência, as especialidades urologia, traumatologia, unidade de medicina intensiva e hemodiálise. Depois destes serviços seguem - se as consultas externas que registaram uma adesão de cerca 90 por cento.
Segundo os dados deste sindicato, houve também uma adesão de 100 por cento no Centro de Saúde da Sé e de 50 por cento no de Santa Maria.
A nível distrital registou-se uma adesão à greve de 100 por cento nos centros de saúde de Vinhais, Vila Flor, Torre de Moncorvo e Mogadouro.
Em Macedo de Cavaleiros, o serviço de Ortopedia da Unidade Hospitalar também regista uma adesão de 100 por cento mas no Centro de Saúde todos os enfermeiros foram trabalhar.
Já em Mirandela, a adesão à greve no Centro de Saúde nº 1 apenas 1 dos 7 enfermeiros que hoje deviam trabalhar fez greve e no Centro de Saúde nº2 faltaram 3 dos 8 enfermeiros que entravam ao serviço esta manhã.
Segundo os dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses a adesão à greve dos enfermeiros no distrito de Bragança é superior a 75 por cento.
Escrito por Brigantia