Qua, 02/09/2015 - 16:22
As palavras de Carlos Santos surgem face à dificuldade em fazer aumentar o número de atletas devido “à concorrência” que há em termos de clubes, mas acima de tudo perante a ausência de estratégias para potenciar o desenvolvimento das equipas de formação. “Os clubes continuam fechados nas suas conchas”. O presidente da EFAP dá como exemplo a equipa de juvenis, que no ano passado esteve em competição. Carlos Santos admite que a experiência não correu bem face ao reduzido número de atletas, mas acredita que se tivesse havido um entendimento e uma parceria com os Pioneiros o projecto tinha tudo para funcionar. “Damo-nos bem com todos os clubes de futsal do distrito e com aquele que temos mais próximo não é fácil. Estou a falar dos Pioneiros. Quando pensamos em avançar para a equipa de juvenis contactei os responsáveis pelo clube para lhes explicar o nosso projecto, que passava por uma parceria no escalão de juvenis e quando os atletas passassem a juniores seriam encaminhados para os Pioneiros. Isto porque eles também tinham poucos atletas neste escalão. Primeiro disseram que sim de depois já não quiseram ou não puderam”.Esta temporada, a EFAP não vai competir juvenis e centra as atenções nos distritais de iniciados, infantis e benjamins. Em infantis, Carlos Santos não esconde a vontade de revalidar o título distrital, mas recorda que isso não é uma prioridade. O mais importante é a prática de futsal dos mais novos e que eles cresçam de acordo com certos valores e princípios.
Disciplina, rigor e formação, conceitos que foram revistos e reforçados no projecto da Escola de Futsal Arnaldo Pereira (EFAP) elaborado para esta nova temporada.
Hugo Martins foi o técnico escolhido para ajudar a colocar em prática alguns pontos revistos no projecto. “É importante que os jovens ganhem e que criem espírito de vitória, mas na nossa perspectiva um fundamento da escola é ensinar e os técnicos que estão à frente das equipas tem que perceber isso. Tem que perceber que não é aceitável que um miúdo que é convocado e que passe o jogo inteiro sem jogar, ou promover miúdos que não aparecem nos treinos e são convocados. Isto acontece em qualquer clube, mas não pode ser assim”.
Esta temporada a EFAP vai contar com perto de meia centena de atletas e um orçamento de cerca de 12 mil euros.
A manutenção da escola não é fácil pois o dinheiro das inscrições não é suficiente para cobrir as despesas.
A solução passa pela organização de uma série de iniciativas como o Torneio Internacional de Futsal, que vai na segunda edição, e para este mês uma maratona de futsal de veteranos. A competição está agendada para os dias 18, 19 e 20.
Escrito por Brigantia