Sex, 08/01/2016 - 12:30
O município de Vila Flor assinou
um protocolo com a Direcção Regional de Cultura do Norte para a reabilitação de
património cultural. O montante de 200 mil euros implicado no acordo vai ser
utilizado para recuperar o Museu Berta Cabral e para investir no Núcleo
Interpretativo do Cabeço da Mina, em Assares. Esta será a primeira tranche do
financiamento da EDP, destinada ao património cultural do concelho, no âmbito
das medidas de compensação da construção da barragem de Foz Tua.
O projecto de valorização do património
cultural do Vale do Tua inclui os 5 municípios abrangidos pelo empreendimento
hidroeléctrico (Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor) e já
começou a ser posto em prática há um ano. No entanto, em Vila Flor o processo
atrasou-se, por falta de entendimento com a família detentora dos terrenos onde
se encontram os achados arqueológicos do cabeço da mina, como explica o
autarca, Fernando Barros. “A Direcção Geral de Cultura não
conseguiu fisicamente executar o cronograma financeiro que entretanto recebeu,
que a EDP lhe pagou. Fez connosco um protocolo para assegurar exatamente que
esse dinheiro que já recebeu, e que neste caso foram 200 mil euros ficassem à
guarda do Município de Vila Flor que vão ser aplicados no núcleo museológico de
Assares e também no museu Berta Cabral em Vila Flor”, explica o autarca.
O Cabeço da Mina foi classificado
como sítio de interesse público em 2014. Considerados
importantes achados da pré-história portuguesa, julga tratar-se de um santuário
pré-histórico, datável do Calcolítico, a Idade inicial do Bronze, entre 2000 a
1800 antes de Cristo. Sendo objectivo do município expô-los no centro interpretativo
já concluído. “O Cabeço da Mina é uma zona arqueológica
classificada de interesse público. Foram feitas escavações e encontradas peles
de valor arqueológico. Aquilo é uma zona de período calcolítico , de grande
interesse arqueológico e entretanto, construímos
um edifício em Assares que há de ser um núcleo interpretativo do cabeço da mina
para expor esses achados arqueológicos. Esse era o nosso objetivo , esse
edifico já esta construído há cerca de 15 anos ou 18 anos”, acrescenta Fernando
Barros.
No caso do Museu Berta Cabral, a
única unidade museológica de Vila Flor, a necessidade de obras de valorização é
premente segundo o autarca. “É um museu que carece de obras,
que carece de intervenção, e que precisa também de um estudo, de uma orientação
, de uma avaliação… Será interessante com o saber e o conhecimento da Direcção
Geral de Cultura fazer essa intervenção no museu. Esta poderá ser uma pequena
ajuda para o museu e é importante fazê-lo porque está mesmo a precisar. Com um espólio
riquíssimo que precisa de ter alguma harmonia , alguma triagem e também ,o que
me preocupa muito, é a sua preservação e a sua conservação”, salienta. Escrito por Brigantia.




