Qua, 20/01/2016 - 12:57
O histórico socialista, que não integrou a lista por Bragança às últimas legislativas, afirma que o entendimento à esquerda tem grandes fragilidades e que tem grandes reservas em relação à opção seguida.
“O resultado das legislativas é mau. O PS tem um dos piores resultados da sua história, e da história da democracia. A solução encontrada só foi possível pelo enorme descontentamento que existia em relação ao governo da direita. Confesso que não sou um apoiante dessa solução. Tenho muitas reservas no caminho que foi seguido”, afirma.
Apesar de fazer uma apreciação positiva da actuação do governo até agora, o responsável destaca algumas medidas tomadas que considera preocupantes.
Dando o exemplo das negociações para a redução para as 35 horas da semana de trabalho, ou de alterações na educação.
O socialista acha que o primeiro sinal de fractura da aliança já foi dado com a aprovação do orçamento retificativo com a abstenção pela direita.
“Esse foi logo um primeiro e grande sinal da fragilidade da solução encontrada. Não compreendo como se pode fazer uma aliança com partidos que são contra a Europa, contra o euro, que sistematicamente tomaram posições contra as orientações chave do PS em várias matérias. PCP e Bloco de Esquerda, em muitos momentos, foram mesmo dos principais opositores aos governos socialistas e isso faz-me muita confusão”, adianta o presidente da Federação Distrital Socialista.
Mota Andrade não irá recandidatar-se à federação distrital do PS, que vai a eleições em Março, por considerar que a se deu um virar de página na sua vida, depois de 20 anos como deputado.
Estes são alguns dos assuntos abordados pelo dirigente partidários numa entrevista à Rádio Brigantia, que pode ouvir na integra esta quarta-feira depois do noticiário das 5 da tarde. Escrito por Brigantia.
