Ter, 29/11/2011 - 10:25
A revitalização desta tradição antiga, que faz parte da história do Nordeste Transmontano, é a grande novidade desta bienal, que também tem uma forte componente pedagógica. “Para além da Escola Superior de Educação de Bragança, também envolvemos os alunos das escolas da cidade nesta iniciativa”, enaltece a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Bragança, Fátima Fernandes.
A presença dos estudantes deverá ser notada no encerramento da Mascararte. A organização desafia todos aqueles que se queiram disfarçar de diabos a aparecer no espectáculo da queima dos diabos gigantes, que estão a ser construídos pelos alunos da Escola Superior de Educação e da Escola Emídio Garcia.
O professor Luís Canotilho realça que são diabos de grandes dimensões feitos de material reciclável, que vão ser queimados na Praça Cavaleiro Ferreira, tendo por base a lenda do Diabo, da Morte e da Censura de Bragança.
Estas três figuras míticas são inseparáveis e verdadeiramente assustadoras. O diabo apresenta-se de vermelho e com um rabo comprido, a quem se associa a morte, vestida de preto, e a censura, que veste de cinzento e dá chicotadas a quem apanha pela frente. Esta tradição vai ser revitalizada e vai passar a sair à rua todos os carnavais.
No âmbito do programa da Mascararte também vai ser inaugurada a sede da Academia Ibérica da Máscara. O presidente da Academia, António Tiza, afirma que se trata de um espaço de trabalho, que também tem como objectivo reunir um conjunto de máscaras e trajes disponível para sair ao serviço da promoção da cultura de Bragança.
Destaque, ainda, para o Festival “A Música na Rota dos Caretos”, que conta com a actuação de um grupo musical tradicional, durante as cinco noites do evento.
Escrito por Brigantia