Ter, 26/08/2014 - 11:47
Domingos Ferreira, da organização, explica que ser peleiro era uma tradição deste bairro da vila. “È uma tradição do nosso bairro. Os peleiros eram originários daqui”, salienta. O ponto alto da festa foi a exibição do filme documental sobre os habitantes de Argozelo, gravado na década de 70 quando o negócio dos peleiros atravessava a sua melhor fase.
Ao longo do dia realizaram-se jogos tradicionais e um almoço convívio. A tradição ligada aos curtumes foi recordada ainda numa peça de teatro.
Francisco Pimentel foi um desses peleiros. Recorda os tempos em que percorria o nordeste transmontano a vender pele.
“Comprava peles e ia para todo o lado, para a Lombada, para Mogadouro, Miranda… Era assim o negócio”, conta.
Hoje poucos se dedicam à transacção das peles, mas sem se aventurar no demorado e trabalhoso processo de tratamento. Trata-se apenas de um complemento ao pouco trabalho e uma forma de manter viva aquela que foi uma das principais fontes de rendimento na então aldeia, agora vila. Os curtumes vão continuar a ser recordados uma vez por ano no bairro de baixo de Argozelo. Escrito por Brigantia