Sex, 27/01/2023 - 09:18
A marcha vai começar na sede do Ministério da Educação e termina em frente ao Palácio de Belém, onde vão ser recebidos pelo Presidente da República. O dirigente sindical, Rui Feliciano, acredita que a reunião com Marcelo Rebelo de Sousa pode finalmente trazer mudanças para os professores. “O Presidente da República, como professor que é, também sabe e tem dito que nós temos muitas razões. Temos das maiores razões de todas. Queremos transmitir-lhe que não estamos a fazer isto ao de leve, estamos a fazê-lo com ponderação. Acredito que nos vai ouvir de uma vez por todas. Creio que desta vez vai ouvir aqueles que vão à sua porta bater”.
Desde que começou o segundo período, a 3 de Janeiro, todas as semanas há protestos à porta das escolas do distrito. Rui Feliciano lembra que não é só devido às greves que os alunos não têm aulas. A falta de professores na região é um problema que considera grave e uma das razões que tem levado às manifestações. “No meu agrupamento, em Mirandela, temos cinco turmas, penso eu, do 10 e 11º anos que não têm professor de Português. É uma disciplina central. No ano passado formaram-se três professores de Física e Química, oito de Filosofia e 21 de Matemática. Este números colmatam todas as aposentações que os nossos colegas têm por direito próprio? ”.
A falta de atractividade da carreira e a falta de formação pedagógica são outros dos problemas apontados.
Professores de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Murça e Vila Real vão marcar presença na manifestação pela Educação que se realiza este sábado. Em duas semanas, é a segunda vez que vão a Lisboa mostrar o seu descontentamento.
Escrito por Brigantia