Seg, 10/11/2025 - 12:44
O produtor, Eduardo Martins, conta que quando regressou à exploração encontrou o animal morto “com o peito todo comido e quente”, o que indicava que o ataque teria acabado de acontecer, “entre as três e as cinco da manhã”.
Eduardo Martins faz agora contas aos prejuízos já que este seria um animal de raça pura. “Eu trabalho com linha pura e o problema é que ficou uma vaca todo o ano a alimentar sem rendimento nenhum, em perigo de se estragar o ubere porque agora ficou com muito leite. Tenho de andar a ordenhar e isso dá-me um trabalho enorme, porque não são vacas leiteiras, são vacas de campo”, explica.
O primeiro e único ataque de lobo que resultou na morte de um animal deste produtor foi há cerca de 10 anos, até o episódio lhe ter acontecido novamente neste sábado. Reconhece que os ataques têm vindo a aumentar, mas não esperava que acontecesse na sua exploração. “Ultimamente, ataca por todo lado, aqui na aldeia, nas aldeias vizinhas… tem atacado em todos os sítios, mas eu nunca imaginava que ia atacar as vacas e os vitelos no local onde se encontram”.
Eduardo Martins, de 62 anos, possui 100 bovinos adultos numa exploração, localizada no Parque Natural do Douro Internacional, que abrange uma área de 300 hectares.
Em pouco menos de dois meses, este é já o sétimo ataque no planalto mirandês.
Escrito por Rádio Brigantia




