Governo abre concurso para professores titulares mas sem vagas

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Qui, 20/08/2009 - 10:12


O Governo abriu um concurso para a categoria de professor titular. Mas, afinal, não há vagas para preencher. Quem for aprovado continua sem aceder à categoria máxima da carreira.  

A denúncia parte do Sindicato de Professores do Norte. “O concurso dos professores titulares é mais uma medida do ministério da educação enganar os professores, criando falsas expectativas que nunca passarão disso mesmo, criando um pseudo-concurso que não tem nenhuma vaga.”

Segundo José Domingues, apesar da abertura do concurso, não foram criadas vagas para serem ocupadas.

“Não há lugares porque não foram criados lugares de professores de quadro em nenhum agrupamento. São criados pelos ministérios das Finanças e da Educação e não há nenhuma legislação nem se prevê a curto prazo que saia nada que há lugares em determinado agrupamento ou departamento, não há lugares para professor titular. Pode acontecer um professor concorrer mas acabar a carreira sem ser professor titular porque essa vaga no seu agrupamento nunca é aberta.”

Os professores têm de entregar um trabalho de 40 páginas e defendê-lo. Mas depois têm de aguardar por um resultado. Isto não é mais do que “criar falsas expectativas” segundo José Domingues. O sindicalista acusa ainda o Governo de querer criar confusão entre os professores ao lançar este concurso em pleno período de férias.

O SPN entende que a decisão de concorrer cabe a cada professor.

“É uma opção de cada um. Todos os professores têm condições para ser professores titulares sem nenhum problema. A defesa do trabalho não deve ser problema para quem lida todos os dias com dezenas de miúdos que estão muito atentos ao que o professor diz”, referiu, em tom sarcástico.

Para além disso, o SPN acha “curioso que o PS faça sair este diploma num período de férias e numa altura em que existe o compromisso de todos os partidos de acabar com a categoria de professor titular e voltar à carreira única.”

Mais um capitulo da guerra entre professores e Governo.

Escrito por Brigantia