Sex, 12/12/2025 - 08:26
Sensibilizar a comunidade de Bragança para a importância do protesto é fundamental para que as pessoas adiram a novas greves, como a de ontem. A ideia é da União dos Sindicatos de Bragança que, ontem, promoveu, na Praça Cavaleiro de Ferreira, uma concentração.
Segundo o coordenador da união, Eduardo Alves, destaca que é fulcral que as pessoas venham para a rua e adiram às paralisações. “Esta sensibilização das pessoas é um começo, que vai trazer mais arrastamento. Vai haver mais lutas e o nosso secretário-geral já disse que poderá haver uma grande manifestação em janeiro. Queremos que venham para a rua e mostrem o descontentamento”.
Depois de 12 anos, ontem o país voltou a assistir a uma greve geral. Em causa estão protestos contra o novo pacote laboral.
Eduardo Alves esclarece que a adesão em Bragança foi boa. “A nível escolar foi boa, a nível de hospital também. O bloco esteve fechado. Ao não trabalhar o bloco, afeta tudo, o desenrolar de consultas, tudo. A adesão no hospital foi de cerca de 85%”.
Márcio Pinheiro, dirigente sindical, assume que na Faurecia, uma das maiores empregadoras da região, muitos trabalhadores acabaram por não aderir à greve por medo. Eu vejo trabalhadores com medo de perder o emprego, porque há poucas ofertas. Pensam que, por não fazer greve, mantêm o posto de trabalho, mas, muitas vezes, não é isso que acontece. Não fazem greve e são despedidos na mesma quando acaba o contrato”.
A greve geral de ontem contra o anteprojeto do Governo de reforma da legislação laboral foi a primeira, desde 2013, a juntar a CGTP e UGT. As alterações previstas na proposta do Governo contemplam, por exemplo, o alargamento dos prazos dos contratos, situação que os sindicatos afirmam que vai trazer ainda mais precariedade e instabilidade à vida dos portugueses.
Escrito por Brigantia




