Rui Vaz acusa câmara de Macedo de retirar dinheiro a Talhas por ter perdido a freguesia para o PS

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Qua, 18/11/2009 - 10:28


A Câmara de Macedo de Cavaleiros retirou 82 mil euros à freguesia de Talhas, destinados a duas empreitadas.  

Esta foi uma das alterações ao Plano e Orçamento da Câmara Municipal que recebeu o voto contra dos três vereadores socialistas.

Rui Vaz, o vereador socialista, acredita que isso se deveu à mudança de cor na freguesia, que passou do laranja social-democrata para o rosa socialista.

“Esta autarquia discrimina as freguesias. São retiradas duas verbas a uma junta que ganhámos nas eleições. Talhas tinha duas obras delegadas na Junta de Freguesia. Uma no valor de 60 mil euros – o arranjo do largo de Talhas – e outra, de 22 mil euros, afeto à construção de um reservatório de água.”

O vereador socialista não concorda também com o reforço de 100 mil euros para pavimentação de estradas nas Juntas de Freguesia.

 “É que aparece uma rubrica de reforço de cem mil euros, para repavimentação de algumas freguesias. Foi o que aconteceu na campanha eleitoral, de andar a semear algumas obras, não planificadas, e está aí a factura: o reforço de cem mil euros à verba que já estava em plano e orçamento.”

Duarte Moreno, vice-presidente da Câmara de Macedo, diz que esta alteração era necessária e que nada teve a ver com a perda de eleições na Junta de Freguesia de Talhas.

 “É completamente falso. O vereador Rui Vaz vê fantasmas onde não existem. O plano é mutável e fazemos as alterações que entendemos durante o mandato, e sem penalizarmos essa freguesia por termos perdido as eleições.”

E quanto aos 100 mil euros de pavimentação, o autarca sublinha que as obras são feitas quando necessárias.

 “A não ser que o sr. vereador queira que as pessoas andem a pisar terra, não tem a ver com partidarite.”

Duarte Moreno disse ainda que a intervenção no largo da aldeia de Talhas e o reservatório da água são obras para concretizar, mas a impossibilidade de o fazer ainda durante este ano é que levou à retirada da verba.

Escrito por CIR