Ruas da aldeia da Aveleda em risco de ficarem inundadas devido a assoreamento do rio

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Qui, 07/12/2023 - 09:11


As chuvas das últimas semanas voltaram a trazer problemas para a aldeia da Aveleda, em Bragança

Com o rio Pepim cheio de inertes das antigas minas do Portelo, bastou a chuva para facilmente encher o leito e ruas da localidade estarem em risco de ficarem inundadas.

O problema já se arrasta há 15 anos e todos os Invernos o cenário repete-se. “A situação agravou-se de novo. As últimas cheias trouxeram mais inertes. O leito continua perfeitamente colmatado. Estamos a comemorar o 15º aniversário da ocorrência e pouco ou nada foi feito. O leito nestas últimas cheias esteve muito perto de inundar duas ruas da aldeia com todos os prejuízos que isso acarreta”, lamentou o presidente da União das Freguesias da Aveleda e Rio de Onor, Mário Gomes.

Recentemente a Agência Portuguesa do Ambiente financiou a estabilização das margens do rio na aldeia da Aveleda e o desassoreamento. No entanto, de pouco valeu, já que o problema está nas antigas minas. “A solução está na origem, nas minas do Portelo, com a estabilização dos taludes e, depois, o desassoreamento das represas a jusante”, vincou.

Para o autarca há falta de vontade das entidades competentes para resolver o problema. “Falta vontade, nomeadamente da Agência Portuguesa do Ambiente e da Empresa de Desenvolvimento Mineiro para resolver definitivamente este grave problema ambiental que tanto nos afecta. Trouxemos o problema à luz do dia, no entanto, estamos frutados porque todos este trabalho que a junta tem feito foi em vão. As autoridades que tutelam este assunto continuam a assobiar para o lado”, frisou.

O Rio Pepim tem já uma extensão de 14 km de assoreamento. Os inertes das antigas minas do Portelo escorrem todos os Invernos para o curso de água, visto que as escombreiras continuam por estabilizar. A quantidade excessiva de areia causa problemas graves aos habitantes da Aveleda, uma vez que o caudal sobe e provoca inundações.

Contactámos o Ministério do Ambiente e a Agência Portuguesa do Ambiente, mas até agora não obtivemos qualquer resposta.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais