Regulamento obriga a retirada de aviões do hangar

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Ter, 09/06/2009 - 09:19


Apesar dos processos que ainda correm em tribunal, a Assembleia Municipal de Bragança aprovou ontem um regulamento para o funcionamento e exploração do aeródromo local. O diploma, apresentado pelo executivo, contou com 62 votos a favor, 16 contra, do PS, e três abstenções, dos deputados da CDU e do candidato independente Guedes de Almeida.  

Jorge Nunes, o presidente da câmara de Bragança, diz que era necessário um regulamento para poder cobrar as taxas de utilização.

“Temos uma infra-estrutura certificada fisicamente e em termos operacionais, por isso tínhamos necessidade de proceder à regulamentação da utilização o espaço com vista à aplicação das taxas” afirma o autarca.

 

O PS contestou este regulamento, pedindo algumas alterações que não foram atendidas pela autarquia durante a assembleia.

O deputado socialista Henrique Ferreira foi a voz do descontentamento.

“Só está previsto que estacionem seis aeronaves no hangar quando, neste momento, estão lá nove e já estiveram onze” refere o deputado socialista acrescentando que este regulamento “podia ter sido melhorado e que se devia ter esperado pela decisão do tribunal”. Por outro lado adverte que “há um erro na tabela de taxas e licenças em que os aviões até dois mil quilos pagam mais pela hangaragem do que os que pesam mais do que isso”.

 

Jorge Nunes defende-se com as normas de segurança. “A hangaragem só pode ocorrer no restrito respeito das normas de segurança aeronáuticas” adverte o autarca.

 

Assim, com este regulamento, dos nove aviões presentes no hangar do aeródromo, três terão de ser retirados.

Um deverá ser o do juiz Marcolino de Jesus, que já deu origem a dois processos no tribunal administrativo de Mirandela, e que ainda decorrem.

Sobre isso, Jorge Nunes recusou fazer comentários.

Recorde-se que o ex-candidato do PS à câmara de Bragança quis guardar o seu avião no hangar do aeródromo de Bragança, mas foi impedido pela câmara.

Numa primeira instância, tribunal deu razão a Marcolino de Jesus, mas a autarquia não terá atendido ao pedido e Jorge Nunes acabou por ser alvo de um processo por alegado crime de desobediência.

 

Escrito por Brigantia