Qui, 17/02/2011 - 10:05
O vereador do PSD diz que a operação vai trazer custos elevados aos cofres da câmara.
“Há muitos anos que estão transformadas num caminho de cabras, alguns locais nem alcatrão têm. A câmara de Vinhais já teve oportunidade de assumir essas obras em que a Estradas de Portugal propôs rectificar o traçado, melhorar as vias e entregá-las à câmara devidamente reparadas e a câmara não aceitou” denuncia Carlos Costa. “Agora aceita estas duas obras a troco de 900 mil euros e a câmara tem de gastar 1,7 milhões de euros para dar um jeitinho às estradas” acrescenta, considerando que “isto é um péssimo negócio para a câmara de Vinhais”.
O antigo líder da concelhia do PSD em Vinhais sublinha que o negócio representa apenas migalhas do Governo ao concelho.
“Não está em causa a necessidade e a urgência de rectificar estes traçados. É verdade que as populações querem é a estrada arranjada e eu compreendo” refere Carlos Costa, salientando que “o que está em causa é que o presidente da câmara nunca deveria ter aceite um protocolo destes com a Estradas de Portugal. O presidente da câmara aceita qualquer migalha que lhe dão”.
As duas estradas já tinham sido desclassificadas para municipais e o protocolo assinado no último domingo formalizou a sua entrega ao município bem como a comparticipação em 900 mil euros das obras, orçadas em um milhão e 700 mil euros.
O presidente da câmara, salienta que a sua preocupação principal são as populações.
“Ou a câmara assume estas duas estradas, aceita a comparticipação do Estado e faz as obras ou então deixa que as pessoas continuem a passar em estradas que mais parecem caminhos de cabras” refere Américo Pereira acrescentando que “as pessoas são o que mais me preocupa em toda a gestão e por isso a opção é fácil de fazer”.
Nega ainda que nunca tinha havido a oportunidade de a autarquia receber estas estradas requalificadas.
Américo Pereira explica que esta questão já vem sendo falada desde 1998 mas que sempre faltou a celebração de um protocolo entre a autarquia e a Estradas de Portugal.
Algo que só foi feito agora.
“Este diploma foi publicado em 1998, eu cheguei no final de 2005. Estou convencido que daqui a uns meses não se faria protocolo nenhum” conclui.
Escrito por Brigantia