Qua, 06/12/2023 - 09:48
À margem dos 96 anos da corporação, Edgar Gata reclamou mais apoio do Governo, salientando que as associações humanitárias não estão a receber de acordo com os trabalhos que desempenham. “É visível que há um desajustamento total entre o que se pretende dos bombeiros e o que se financia aos bombeiros. A lei portuguesa é muito clara, compete ao Estado garantir o funcionamento da protecção civil. Nesta altura, acho que essa responsabilidade está muito mais dos bombeiros do que do próprio Estado. O financiamento é ridículo, não se ajusta de maneira nenhuma às necessidades das associações”, afirmou.
E como exemplo, o presidente da associação humanitária fala do financiamento da Autoridade Nacional de Protecção Civil. “A ANPC financia os nossos bombeiros com cerca de cinco mil e qualquer coisa euros de uma lei de financiamento às associações de bombeiros e pouco mais. Depois é os valores que vêm para os grupos e pouco mais”, referiu.
Além do pouco financiamento, o Ministério da Saúde ainda está a dever cerca de 50 mil euros aos Bombeiros de Freixo de Espada à Cinta. “Quando o Ministério da Saúde mantém pagamentos em atraso às associações como mantém, é evidente que é muito complicado. Quando as associações têm que pagar vencimentos, o subsídio de Natal e não recebem no mês de Novembro uma parcela que seja do ministério, que a nós nos deve cerca de 50 mil euros, é muito complicado”, criticou.
Para já o socorro não está comprometido, mas Edgar Gata admite que a situação não se aguenta por muito mais tempo.
A Associação Humanitária dos Bombeiros de Freixo de Espada à Cinta tem actualmente uma dívida de cerca de 300 mil euros. São cerca de 90 voluntários e 20 efectivos.
Esta terça-feira, comemorou 96 anos de existência.
Escrito por Brigantia