Presidente da Progestur quer discutir que tradições se vão candidatar a património imaterial

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Qua, 16/12/2015 - 11:01


 Perante a hipótese de candidaturas a património imaterial da Unesco de várias festas de Inverno, o presidente da Progestur, Hélder Ferreira, considera que antes de se avançar para uma candidatura os vários responsáveis devem discutir o que está em cima da mesa. Para ao responsável pela entidade que se dedica a promover a máscara e as festas de rapazes é importante saber o que vai ser candidatado. “Gostaria de discutir se faz sentido ou não, de que forma, e o que se vai candidatar. Em Portugal temos cerca de 27 festas, e no Nordeste Transmontano temos cerca de 23 ou 24, com características diferentes, em tempos diferentes. Aquilo que se vai candidatar é as festas portuguesas ou da raia espanhola, do solstício ou do entrudo, as de São Sebastião?”, questiona.

Em matéria de Festas de Inverno e património imaterial, Hélder Ferreira insiste que se deve trabalhar e não avançar para uma candidatura “apenas porque está na moda”.
Ainda sem saber como será feita uma possível candidatura à Unesco, para já, os caretos de Podence estão num processo mais adiantado do registo nacional. Vários outros municípios devem agora avançar para a inventariação do respectivo património cultural e a direcção regional está já a preparar uma candidatura a fundos comunitários para suportar esse processo.
A direcção Regional de Cultura do Norte está a desenvolver o processo de recolha e inventariação dos festivais de Inverno com os municípios da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes.
O trabalho pretende preservar o património imaterial do nordeste transmontano, mas por outro lado pode servir de base para uma candidatura a património imaterial da Unesco.
António Ponte refere que há essa intenção por parte dos municípios, mas antes é necessário uma inscrição no registo nacional do património imaterial.
“Há uma vontade da CIM de os inscrever na lista do património Imaterial da UNESCO, mas a legislação obriga a que isso seja precedido do registo nacional e é esse trabalho que está a ser organizado, com a DRCN, e para o qual já disponibilizámos os técnicos do Museu do Abade de Baçal e da Terra de Miranda, que colaborarão com os técnicos dos municípios”, adianta. Escrito por Brigantia.