Qui, 08/03/2018 - 10:49
Em 19 edições da Feira da Alheira, Jorge Morais não tinha falhado uma abertura, no passado sábado e apesar de a organização pertencer à MIRCOM, uma parceria entre o Município de Mirandela e a ACIM ,Jorge Morais não esteve presente. O líder da ACIM não consegue esconder que desta vez, que a preparação da abertura da feira não decorreu como é habitual e deixa acusações de falta de diálogo do executivo socialista.
“Faltei à inauguração da Feira porque primeiro tivemos conhecimento da inauguração, na sexta-feira, à tarde, com o convite da Câmara Municipal de Mirandela. A segunda razão é porque eu não me encontrava em Mirandela, uma vez que me tinha agendada uma reunião com o Secretário de Estado das Comunidades em Lisboa, e acabei por ficar na BTL. Também sendo a MIRCOM, a entidade organizadora, que integra a ACIM e a Câmara Municipal de Mirandela, entendemos que convite deve ser realizado em conjunto pelas suas entidades, de forma a convidar os nossos associados e por isso entendo que houve falta de comunicação”, referiu Jorge Morais.
Jorge Morais acusa o Município de Mirandela de não estar a cumprir o protocolo entre a ACIM e o anterior executivo da autarquia, liderado por António Branco, relativo à regularização de propriedade. O protocolo foi realizado em 2015, entre as duas entidades, para a aquisição de um pavilhão da Reginorde, falhando já prestações a uma instituição bancária originado constrangimentos a elementos da direcção da ACIM.
“O protocolo é do conhecimento do actual executivo que deu continuidade ao pagamento das prestações ao Montepio Geral, relativamente aos meses de Novembro e Dezembro. As prestações de Janeiro e Fevereiro não foram liquidadas. Este facto levou a que os directores da Associação Comercial, que são avalistas dessa operação, e identificados no Banco de Portugal, criando transtornos aos empresários que são os directores da ACIM” denunciou Jorge Morais.
Já na celebração do protocolo em 2015, a concelhia do PS liderada por Júlia Rodrigues colocou muitas reservas aos contornos deste acordo, em que a Câmara adquire o pavilhão C da Reginorde à ACIM por 250 mil euros e a cedência da sede daquele à autarquia em troca de 100 mil euros, o que se traduz na constituição de numa almofada económica de 150 mil euros a favor da ACIM pagos em prestações mensais durante 5 anos.
A estranheza do negócio foi justificada na altura pelo PS de Mirandela com o facto de estar convencido que o Pavilhão em causa já era pertença da autarquia.
Escrito por: Terra Quente