Ter, 16/02/2016 - 11:26
Sílvia Morais, de Fermentãos, Bragança, refere que habitualmente compra “carne no talho em Espanha, porque compensa”. “Aproveito para atestar o depósito. Aqui, levam-se mais litros de gasolina com mais dinheiro. Compensa bastante”, diz.
Em Portugal, o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) já subiu, o que provocou um aumento de seis cêntimos dos combustíveis. O Governo admite aliviar a tributação caso os preços acelerem, mas também deixa o alerta de que pode subir mais a fiscalidade com novas quedas.
Previa-se que estes aumentos acontecessem em Abril, com a entrada em vigor do Orçamento de Estado, mas a medida acabou por ser antecipada, com a entrada em vigor da portaria que aumentou o imposto sobre os produtos petrolíferos.
Confrontada com esta situação na sua passagem por Bragança, no passado sábado, a Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, referiu que o preço dos combustíveis não foi além daquele que era praticado em Dezembro do ano passado.
“Em política é preciso fazer opções e, entre aumentar impostos directos ou indirectos, que tocam a toda a gente, como é o caso do IVA, o governo optou por aumentar alguns impostos indirectos, que se impunham. Mesmo com este aumento, vamos ficar, praticamente, com o preço que se praticava em Dezembro do ano passado. Haverá, praticamente, uma manutenção do preço da gasolina e do gasóleo. O governo criou um mecanismo para compensar estes aumentos, sobretudo no sector dos transportes, permitindo deduções fiscais no IRC”, referiu a ministra.
Com os novos aumentos dos combustíveis, prevê-se também um aumento do número de portugueses a escolher os postos de combustíveis espanhóis para atestarem o depósito. Escrito por Brigantia.