Sex, 17/04/2015 - 10:25
Foi o caso da peça de teatro “Gosto da vida no campo”, cujos actores são pessoas desempregadas. Acácio Pradinhos, responsável pela encenação desta peça, conta que a história é baseada na apanha da azeitona, indo de encontro às origens da pintora que nasceu no concelho de vila Flor.
“Nós inspirámo-nos na vida e obra de Graça Morais, ela pintou rostos, pintou formas de vida, pintou também a vida transmontana e nós sabemos que ela se identifica muito com a oliveira e com a apanha da azeitona. Então nós recriámos esta tarefa, fizemos uma dramatização à volta da apanha da azeitona”, explica Acácio Pradinhos.
Miúdos e graúdos conheceram a vida e obra de Graça Morais para a mostrar à comunidade. Manifestações artísticas que ontem, na abertura do Plast&cine, deixaram a pintora transmontana emocionada.
“Isso só mostra que eles olharam com muita atenção para a minha pintura. É o reconhecimento de que a minha pintura conseguiu transmitir-lhes e é um elo que vai continuar. As crianças têm desenhos maravilhosos. Isso pôs-me à beira das lágrimas, porque nunca imaginei que a minha pintura pudesse criar tanto à minha volta”, disse a pintora.
Para o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, esta iniciativa vem no seguimento da preocupação que o Município tem tido no âmbito para promoção da Cultura. “Sabemos bem que a questão cultural é um dos factores primordiais de desenvolvimento de qualquer sociedade e Bragança de facto tem demonstrado essa preocupação de conseguir mobilizar a comunidade civil, a comunidade escolar, para se associarem a este tipo de iniciativas”, realça o autarca. Até sábado, estão previstas manifestações de rua, teatro, concertos, exposições em galerias de arte, no Museu Abade Baçal e no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais no âmbito do Plast&cine 2015, que este ano presta homenagem à pintora transmontana Graça Morais. Escrito por Brigantia.