Sex, 27/02/2015 - 10:57
Perante a recente união das Universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, do Minho e do Porto, tendo em vista a captação de fundos comunitários, os comunistas alertam para os prejuízos que isso pode trazer para a região.
José Castro, membro do PCP de Bragança, que é também professor no IPB, não tem dúvidas que a criação de consórcios vai acentuar ainda mais o fosso entre universidades e politécnicos.
“A nossa grande preocupação é que ficando de fora as instituições politécnicas, por neste caso estamos a falar de um consórcio universitário, o que vai acontecer é que vai ser aprofundado ainda mais o fosso que existe entre os dois subsistemas. Concretamente a nossa região perder, porque em vez de ter concretamente uma estratégia se ensino superior orientada para a região passamos concretamente no distrito de Bragança para a segunda ou terceira divisão ao acentuar-se esse fosso entre politécnico e universidade”, realça José Castro.
José Castro defende a criação de parcerias entre instituições que englobem ensino politécnico e universitário.
“Uma estratégia forte de ensino superior para a região do nosso ponto de vista passaria por uma equiparação de missões entre politécnicos e universidades para a qual a coordenação do trabalho dessas instituições devia ser feito e não propriamente aprofundando esse fosse que existe entre os dois subsistemas e o IPB mais tarde ou mais cedo vai apanhar por tabela e vai começar a não poder desempenhar o papel importantíssimo que tem tido até agora para o desenvolvimento da região”, salienta o comunista.
O PCP de Bragança a temer prejuízos para o ensino politécnico na sequência da criação de consórcios entre universidades. Depois do consórcio do Norte que junta as Universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, do Minho e do Porto, surgiu recentemente o anúncio de formalizar até Abril mais um consórcio para unir as Universidades de Aveiro, Coimbra e Beira Interior.
Escrito por Brigantia
