Qua, 18/06/2025 - 10:50
O Presidente da direção do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) revela que as obras de requalificação do antigo Hotel “Mira Tua” - para ser convertido em residência de estudantes - e as obras de construção de um edifício de raiz, também para residência de alunos, que vai ficar no campus da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela (EsACT), estão com “um ligeiro atraso, o que não compromete a concretização das obras”, ressalva Orlando Rodrigues.
“Estão com 3 ou 4 meses de atraso face ao previsto, estamos a procurar garantir que o empreiteiro recupere esse atraso, mas, enfim, há naturalmente também dificuldades no mercado de trabalho. Mas, para além desse atraso, as obras estão a decorrer plenamente como previsto”, acrescenta.
Com esta “derrapagem”, os prazos de conclusão foram revistos. “A do antigo hotel Mira Tua está praticamente concluída, falta uma pequena parte, mas esperamos que já possa ser utilizada no próximo ano letivo. A do campus será mais difícil, mas vamos ver se no segundo semestre do próximo ano letivo já a teremos concretizada”, refere o presidente do IPB.
As duas residências vão ter, no total, uma capacidade para 182 camas, fruto de um investimento de 5,6 milhões de euros.
O Hotel Mira Tua, em Mirandela, encerrado desde 2013, foi comprado por um milhão e cem mil euros, pelo IPB, e está agora ser sujeito a obras de requalificação para ser transformado em residência para estudantes com capacidade para 62 camas, com um investimento de 1,9 milhões de euros.
O IPB está ainda a construir uma outra residência, no campus da EsACT, num terreno cedido pelo Município de Mirandela, que terá capacidade para mais 120 camas, com um investimento de 3,7 milhões de euros.
É o resultado de duas candidaturas apresentadas ao Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior e que vão ser apoiadas a 100 por cento pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
O presidente do IPB sublinha a importância destas duas residências para minimizar o problema constante da falta de quartos para os alunos e os que existem estarem a preços muito elevados. “Temos aqui cerca de dois mil alunos e não temos nenhuma residência para estudantes o que é uma falha grave. Finalmente, estamos a iniciar um novo processo que, apesar de não resolver em definitivo este problema, vai ajudar a minimizar”, afirma Orlando Rodrigues que destaca ainda o facto de a residência, no antigo hotel, estar situado na zona nobre da cidade. “Vai trazer os nossos estudantes para o centro da cidade e vai facilitar a que exista uma interação com a comunidade local”, diz.
A EsACT começou como polo do IPB, em 1995, com 70 alunos, utilizando instalações provisórias, cedidas pela autarquia. Passou a escola autónoma em 1999. Em 2016, passou a ter instalações próprias. Atualmente, tem cerca de 2000 alunos.
Escrito por Rádio Terra Quente (CIR)